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Irã/Estados Unidos

Correspondente do Washington Post é julgado em Teerã

O correspondente do Washington Post Jason Rezaian foi julgado a portas fechadas hoje no Irã pela acusação de espionagem, em um caso que esfriou uma aproximação entre Teerã e os Estados Unidos.

O correspondente do Washington Post, Jason Rezaian, em foto de arquivo
O correspondente do Washington Post, Jason Rezaian, em foto de arquivo REUTERS/Zoeann Murphy/The Washington Post
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Rezaian, que está preso desde julho do ano passado, chegou acompanhado de uma fotógrafa e de sua mulher, também jornalista. A partir das dez da manhã no horário local, encarou as três horas da primeira sessão do julgamento na Corte Revolucionária, que se ocupa de casos políticos ou relacionados à segurança nacional.

O repórter ouviu as acusações contra ele: espionagem, colaboração com governos hostis, coleta de informações confidenciais e propaganda contra a República. Mas ainda não apresentou sua defesa, o que deve acontecer em uma próxima audiência, ainda sem data marcada. Washington afirmou que acompanha o caso "de perto".

"Absurdo"

Apesar de Rezaian ser iraniano e americano, Teerã não reconhece dupla cidadania e alega que o caso é puramente iraniano. A mãe americana do jornalista está no Irã há duas semanas, mas de acordo com Washington, nem a família teve acesso ao julgamento, que o governo americano chama de "absurdo" e "pouco transparente".

Ainda não se sabe quanto tempo o julgamento pode durar, mas ele deve ultrapassar o dia 30 de junho, prazo estabelecido para que as potências ocidentais e Teerã cheguem a um acordo sobre o programa nuclear iraniano.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Bernadette Meehan, pediu nesta terça-feira que os negociadores insistam, paralelamente às discussões nos casos de cidadãos americanos presos ou desaparecidos no Irã.

Quatro americanos

Rezaian, que, de acordo com parentes, não estaria recebendo medicação para pressão alta, é um dos quatro americanos cujo retorno Barack Obama exigiu publicamente das autoridades iranianas.

Os outros são o pastor Said Abedini, preso há mais de dois anos sob a acusação de atentar contra a segurança nacional, o ex-fuzileiro naval Amior Hekmati, condenado a dez anos de prisão por colaborar com governo hostil e um agente aposentado do FBI, Robert Levinson, que desapareceu no sul do país há oito anos.
 

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