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Anistia Internacional/Relatório

Para Anistia, 2014 foi trágico para vitimas civis de conflitos

A Anistia Internacional, ONG sediada em Londres, divulgou nesta quarta-feira (25) seu relatório anual sobre o “Estado dos Direitos Humanos no Mundo”. O texto afirma que 2014 foi “catastrófico para as vítimas civis dos conflitos armados.” O documento também considera “escandalosa e inoperante” a resposta da comunidade internacional a essa violência.

A Anistia Internacional divulgou nesta quarta-feira (25) seu relatório anual sobre o desrespeito aos direitos humanos no mundo, em 2014. Foto criança síria em um campo de refugiados.
A Anistia Internacional divulgou nesta quarta-feira (25) seu relatório anual sobre o desrespeito aos direitos humanos no mundo, em 2014. Foto criança síria em um campo de refugiados. facebook.com/amnestyfr
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O ano de 2014 foi “excepcionalmente” marcado por conflitos, na Síria, na Ucrânia, em Gaza, na Nigéria, aponta o relatório anual da Anistia Internacional. A ONG lembra que três milhões de civis foram mortos nesses confrontos e que 15 milhões de pessoas tiveram que se exilar. “Isso representa o maior número de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial”, ressaltou a secretária-geral da Anistia, Salil Shetty.

O relatório analisa a situação dos Direitos Humanos em 160 países, entre eles o Brasil. O documento aponta abusos e violações por movimentos ultrarradicais, como o grupo Estado Islâmico ou o Boko Haram, em 35 deles.

Comunidade internacional inoperante

"Os líderes mundiais falharam em proteger os mais sensíveis a essas violências", diz o documento que critica, especialmente, o Conselho de Segurança da ONU. Para a ONG, os cinco membros permanentes do Conselho ¬¬- Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia - abusaram do poder de veto para priorizar seus próprios interesses.

Por isso, a Anistia promete adotar um “código de conduta impondo que os integrantes do Conselho não tenham direito de renunciar ao poder de veto em casos de genocídio, crimes de guerra ou contra a humanidade”. Essa proposta não é nova. Ela já recebeu o apoio de 70 países, mais ainda não foi aprovada. A ONG pede também que o envio de material bélico a países onde atuam grupos armados seja impedido e que todas as Nações ratifiquem o Tratado sobre o comércio de armas, em vigor desde 2014.

Brasil

Em relação ao Brasil, o relatório anual da Anistia Internacional concentrou sua análise sobre o agravamento da segurança pública no país em 2014. A ONG criticou a atuação da polícia nos protestos contra a realização da Copa do Mundo em 2014, as mortes e denúncias de tortura nas prisões brasileiras.

A instituição também está preocupada com a pressão política e religiosa contra a comunidade homossexual no Brasil, assim como com as tentativas de criminalização total do aborto no país.

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