Grupo Estado Islâmico quer vender cadáveres de soldados curdos, afirma imprensa alemã
Em busca de novas fontes de renda, o grupo Estado Islâmico estaria disposto a vender às forças curdas os corpos dos soldados mortos durante os combates. A informação foi divulgada pelo jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), que chega às bancas neste domingo (22). A hipótese de tráfico de órgãos dos combatentes também chegou a ser cogitada.
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De acordo com o jornal alemão, que cita “fontes de segurança”, o grupo Estado Islâmico estaria tentado vender os corpos dos soldados mortos durante os combates. As forças curdas teriam que pagar “entre US$ 10 mil e 20 mil” para receber de volta os cadáveres de seus combatentes.
O Frankfurter Allgemeine Zeitung explica em sua edição deste domingo que o grupo extremista, que atua no norte do Iraque e na Síria, teve parte de suas infraestruturas atingidas pelos ataques da coalizão internacional que apoia os soldados curdos. Os estragos estariam dificultando as atividades de contrabando de petróleo e de antiguidades saqueadas pelo grupo jihadista, que perdeu parte de sua renda e estaria tentado encontrar novas formas de financiar suas atividades, explica do FAZ.
Tráfico de órgãos
O embaixador o Iraque nas Nações Unidas chegou a denunciar esta semana um possível tráfico de partes do corpo praticado pelo grupo Estado Islâmico. O diplomata Mohammed Ali al Hakim disse que a falta de alguns órgãos teria sido constatada em cadáveres de soldados mortos durante os combates. O representante de Bagdá também disse que os jihadistas estariam matando médicos que se recusassem a cooperar na retirada de órgãos.
No entanto, de acordo com o jornal alemão, é “inverossímil” que os grupo Estado Islâmico seja capazes de realizar esse tipo de tráfico. O veículo explica que a organização não teria infraestruturas ou competências médicas, técnicas e logísticas para isso.
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