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Nigéria/Boko Haram

Presidente da Nigéria pede ajuda aos EUA para combater Boko Haram

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, pediu ajuda aos americanos para combater os islamitas do Boko Haram. O pedido foi feito em entrevista publicada pelo jornal Wall Street Journal. O grupo extremista islâmico não para de aumentar sua presença no nordeste do país e nesta sábado (14) conseguiu invadir a capital regional Gombe.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan (no centro) durante comício em Gombe, no dia 2 de fevereiro de 2015.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan (no centro) durante comício em Gombe, no dia 2 de fevereiro de 2015. REUTERS/Afolabi Sotunde
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O pedido de ajuda aos Estados Unidos é analisado como mais um sinal de fraqueza de Goodluck Jonathan na luta contra o Boko Haram. “Por que os americanos, que estão combatendo o grupo Estado Islâmico, não vêm à Nigéria?”, perguntou o presidente na entrevista ao jornal americano. Na análise de Jonathan, a Nigéria tem um problema e ele espera que os americanos, que são amigos dos nigerianos, venham ajudá-los.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, informou que não existe, por enquanto, nenhum projeto para enviar novos soldados americanos à Nigéria. No entanto, ele informou que os Estados Unidos planejam participar na elaboração de um força multinacional africana para lutar contra o Boko Haram.

Ofensiva do Boko Haram

A declaração do presidente Jonathan acontece após meses de expansão, militar e territorial, do Boko Haram no nordeste da Nigéria. O grupo multiplica seus ataques na região sem encontrar uma grande resistência do exército nigeriano. Neste sábado, os jihadistas deram mais uma prova de força. Eles invadiram durante algumas horas Gombe, capital regional, e deixaram a cidade de livre e espontânea vontade, sem nenhum combate.

Os confrontos entre o Boko Haram e o exército deixaram 13.000 mortos e 1,5 milhão de refugiados, desde 2009. Por causa da violência, as eleições presidenciais e legislativas, que deveriam acontecer em fevereiro, foram adiadas para 28 de março.

O presidente Jonathan, que é candidato à reeleição, afirma que o adiamento vai permitir que as forças de segurança do país expulsem os combatentes do Boko Haram que, segundo ele, são financiados pelo grupo Estado Islâmico.

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