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Bombardeio/Síria

Grupo Estado Islâmico diz que refém americana foi morta em ataque da coalizão

O grupo Estado Islâmico disse nesta sexta-feira (6) que uma refém americana foi morta em um ataque da coalizão internacional no norte da Síria. A operação aérea matou pelo menos 30 jihadistas, segundo uma ONG britânica. Os EUA não confirmam que a refém foi atingida. Na Jordânia, a rainha Rania e milhares de pessoas fizeram uma marcha para exprimir sua revolta contra os extremistas.

A rainha Rania, da Jordânia, em manifestação nesta sexta-feira em Amã.
A rainha Rania, da Jordânia, em manifestação nesta sexta-feira em Amã. REUTERS/Petra News Agency
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Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os ataques custaram a vida de “pelo menos 30 jihadistas, mas o número é provavelmente maior”. As investidas visaram “depósitos de veículos militares e tanques, a leste e a oeste da cidade de Raqa”, disse a ONG.

Em um comunicado publicado em sites de extremistas, o EI anunciou que uma refém americana identificada como Kayla Jean Mueller foi morta pelo ataque da coalizão “em uma posição ao redor da cidade de Raqa”, que é o principal bastião do grupo na Síria.

Os jihadistas não forneceram, no entanto, fotos do corpo, apenas imagens de prédios destruídos. Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que o país não dispõe até o momento de um sinal “tangível” da morte de um refém. “Estamos evidentemente preocupados com estas informações”, ressalvou.

A família de Kayla Mueller confirma que a jovem, uma trabalhadora humanitária do Arizona, havia sido sequestrada pelo grupo Estado Islâmico na Síria em agosto de 2013. No título de seu comunicado, o EI afirma que a aviação jordaniana foi a responsável pelo ataque e pela suposta morte.

Jordanianos vão às ruas

“Estamos bastante céticos”, disse o porta-voz do governo da Jordânia. “Como eles poderiam identificar um avião jordaniano de tão longe? O que uma americana estaria fazendo em um depósito de armas? Isso faz parte de uma propaganda criminosa”, acusou o jordaniano.

As forças armadas da Jordânia se restringiram a confirmar que efetuaram ataques contra o EI nesta sexta-feira e que “destruiram posições da organização terrorista”, sem precisar o número de ataques ou a localização.

Em Amam, ainda sob o choque da execução do piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh pelo grupo Estado Islâmico, a rainha Rania e milhares de jordanianos fizeram uma marcha para exprimir sua revolta contra os jihadistas, a quem o rei Abdallah prometeu uma “resposta severa”.

Na manifestação, cartazes diziam “Nós somos todos Maaz” e “Somos todos a Jordânia”, além de “Pela erradicação do terrorismo”, entre bandeiras do país e fotos do piloto, que foi queimado vivo pelos extremistas, após ter sido capturado, em dezembro, devido à queda de seu avião.
 

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