Novo rei saudita recebe líderes estrangeiros; Obama vai na 3ª
O novo rei da Arabia Saudita, Salman Ben Abdel Aziz, recebe vários chefes de Estado e de Governo neste sábado (24), que vão a Riad apresentar as condolências pela morte do rei Abdullah, ocorrida na sexta-feira (23). O presidente francês, François Hollande, o premiê britânico, David Cameron, o príncipe Charles, de Gales, e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, são algumas das visitas confirmadas ao novo monarca.
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou uma viagem que faria na terça-feira ao Taj Mahal, na Índia, para ir à Arábia Saudita. Obama chega a Nova Délhi neste domingo. Segundo a Casa Branca, o presidente vai levar os sentimentos “do povo americano” pela morte do rei saudita, que ele descreveu como “um homem sincero e corajoso”.
Obama destacou que a Arábia Saudita é uma parceira “preciosa”. A aliança entre os dois países remonta a 1945 e se fortaleceu quando o reino se uniu à coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico, liderada pelos americanos.
Funeral
Vários dirigentes estrangeiros assistiram ao sepultamento do rei Abdullah, realizado poucas horas a morte, conforme a tradição islâmica. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o premiê paquistanês, Nawaz Sharif, o presidente sudanês, Omar el-Béchir e chefes de Estado do Golfo estavam presentes na cerimônia.
Abdullah tinha 90 anos e estava internado havia três semanas em um hospital de Riad, para tratar uma pneumonia. Ele foi enrolado em uma mortalha de cor creme e enterrado em um cemitério público, coberto com uma modesta lápide.
Os presidentes palestino, Mahmud Abbas, e iraquiano, Fuad Masum, chegaram à cidade após o funeral. O novo soberano Salman, de 79 anos, recebeu a lealdade simbólica dos sauditas, como é a tradição. O príncipe herdeiro Moqren estava ao seu lado, fazendo-se também beijar a mão por centenas de pessoas que juraram "obediência e fidelidade".
Sem mudanças
Cerimônias similares estão previstas para este sábado e domingo à noite. Em seu primeiro discurso como rei, Salman declarou na sexta-feira que irá manter o curso definido por seu meio-irmão falecido e os governantes antes dele.
O reino ultraconservador sunita, berço do islã e guardião dos dois principais lugares santos muçulmanos (Meca e Medina), é o maior exportador de petróleo do mundo e um país-chave no Oriente Médio.
"Vamos permanecer, com a força de Deus, no caminho certo que este Estado tem seguido desde a sua fundação pelo rei Abdul Aziz bin Saud e seus filhos depois dele", declarou o rei, cuja primeira decisão foi nomear seu sobrinho e ministro do Interior, Mohammed bin Nayef, de 55 anos, como o futuro príncipe, segundo na ordem de sucessão.
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