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Austrália/Terrorismo

Jihadistas presos na Austrália planejavam ataques contra políticos

A Austrália confirmou nesta sexta-feira (19) que os principais políticos do país seriam alvo dos ataques que estavam sendo planejados pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). O primeiro-ministro Tony Abbott declarou que ele estava na mira dos radicais islâmicos assim como outros membros do governo e do parlamento.  

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott. REUTERS/Australia Broadcasting Corporation/Handout via Reuters T
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Dos 15 suspeitos presos ontem em uma operação antiterrorista da polícia australiana, nove foram soltos e um jovem de 22 anos teve a prisão preventiva decretada. Segundo a promotoria, ele é um dos responsáveis pelo planejamento de um ato terrorista que iria "chocar e horrorizar" a Austrália. O grupo teria a intenção de decapitar civis.

Mais de 800 policiais australianos participaram da blitz realizada quinta-feira nas periferias de Sidney e Brisbane. Esta megaoperação, a maior já organizada pelas autoridades australianas, acontece uma semana depois de o país ter subido seu nível de alerta de "médio" para "alto", devido à ameaça representada pelo grupo ultrarradical islâmico.

O primeiro-ministro disse que a ação policial foi decidida após a descoberta de uma mensagem de um australiano "aparentemente bem posicionado na hierarquia" da organização jihadista EI. A mensagem, segundo o premiê, incitava a rede de apoio local a cometer "assassinatos espetaculares". "Lamento dizer isso, mas esses radicais nos odeiam não pelo que fazemos, mas pelo que somos e pela forma como vivemos", declarou Abbott.

Sessenta australianos no EI

Segundo o serviço secreto, cerca de 60 australianos combatem ao lado dos jihadistas do grupo EI no Iraque e na Síria, enquanto outra centena de cidadãos australianos dá apoio ativo aos movimentos sunitas radicais de dentro do país.

Na semana passada, as autoridades australianas prenderam em Brisbane dois suspeitos de atuar no recrutamento de jovens para a organização ultrarradical. Ontem, agentes da inteligência australiana fecharam um escritório de transferência de fundos suspeito de alimentar em dinheiro o grupo terrorista.

A Austrália se engajou na coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para lutar contra os extremistas. O governo australiano fornece armas, munição, material militar e ajuda humanitária. Seiscentos militares australianos, a maioria da Aeronáutica, participam da ofensiva contra os islamitas a partir de uma base militar dos Emirados Árabes Unidos.

 

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