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Israel/Gaza

Kerry chega ao Egito para negociar cessar-fogo em Gaza

O conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas completa hoje duas semanas em meio a violência e aos fracassos das iniciativas de paz. Nesta segunda-feira (21), o secretário de Estado americano, John Kerry, chega ao Cairo com o objetivo de pressionar os dois lados a aceitarem uma trégua sugerida pelo Egito. O número de mortos entre os palestinos passa de 450 e o de israelenses chegou a 20.  

As tropas israelenses entraram nos subúrbios da parte oriental de Gaza.
As tropas israelenses entraram nos subúrbios da parte oriental de Gaza. REUTERS/Baz Ratner
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*Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv

A chegada de John Kerry marca a primeira vez que Washington se envolve diretamente nessa guerra entre Israel e o Hamas. O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, também está desembarcando na região nesta segunda-feira para ajudar nos esforços de uma trégua. Até agora, o Hamas já rejeitou o cessar-fogo duas vezes.

Hoje, os israelenses fecharam todas as estradas na fronteira com Gaza e pediram aos moradores da região que se trancassem dentro de casa por causa de dois incidentes envolvendo militantes do Hamas em solo israelense. Dois grupos de militantes teriam se infiltrado em Israel por meio de túneis subterrâneos, um deles levando diretamente para dentro do refeitório de um kibutz, uma cooperativa agrícola, na fronteira.

Dez militantes foram mortos

Ontem foi o dia mais violento nas duas semanas. No terceiro dia da incursão terrestre em Gaza, tropas israelenses entraram em confronto direto com militantes do Hamas no denso e popular bairro de shudjahyia, reduto do grupo islâmico.

Cerca de 60 palestinos e 13 soldados israelenses morreram em meio aos confrontos no bairro, que ficou parcialmente destruído e levou a população civil ao pânico. Em duas semanas, o número de mortos entre os palestinos passa de 450 e o de israelenses chegou a 20.

O presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, pediu uma reunião de emergência da ONU pelo que chamou de “massacre de shufjayiah”.

Mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, culpou o Hamas. O governo israelense acusa o Hamas de não deixar a população civil sair do bairro para usá-la como escudo humano. Segundo as autoridades israelenses, o ataque ao bairro foi anunciado com quatro dias de antecedência.

O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon segue em giro pelo Oriente Médio para obter um cessar-fogo. Ele vai hoje ao Kuait, país que preside temporariamente a Liga Árabe, e ontem conversou com o chefe do Hamas, Khaled Mechaal.

 

 

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