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Ucrânia/Rússia

Separatistas e governo ucraniano rejeitam propostas da Rússia

O governo interino ucraniano rejeitou nesta quinta-feira (8) a proposta do presidente russo, Vladimir Putin, de suspender a ofensiva militar contra os separatistas no leste da Ucrânia. Os insurgentes pró-russos rejeitaram, por sua vez, o adiamento do referendo de independência da região de Donetsk, marcado para domingo, que fazia parte da proposta do Kremlin para acalmar a escalada militar na região.

Em Donetsk, no leste do país, nacionalistas organizam uma manifestação de apoio à Kiev
Em Donetsk, no leste do país, nacionalistas organizam uma manifestação de apoio à Kiev Reuters/Marko Djurica
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As propostas de Moscou foram anunciadas ontem depois de uma reunião com o dirigente da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação da Europa), Didier Burkhalter. De acordo com o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa ucraniano, Andri Paroubi, “a operação antiterrorista vai continuar, independentemente das decisões dos grupos terroristas da região de Donetsk".

Para o governo pró-ocidental instalado em Kiev, Putin não merece a menor confiança. As autoridades ucranianas anunciaram nesta manhã que vão prosseguir as operações militares contra os separatistas.

O premiê ucraniano, Arseni Iatseniouk, disse que Putin "joga palavras ao vento". "Apesar de um gesto de aparente boa vontade, a retórica expressa pelo Kremlin não tem nada a ver com uma verdadeira busca de solução para a crise ucraniana", declarou, por sua vez, o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia.

Putin condicionou o adiamento do referendo à suspensão das operações militares contra os separatistas e a instauração de um diálogo com os pró-russos.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, considerou a decisão do Kremlin "construtiva". "A situação ainda é crítica, avaliou o chefe da diplomacia alemã, mas talvez exista uma chance de evitar uma nova escalada de violência no leste da Ucrânia pela via diplomática".

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz, também da Alemanha, vê uma abertura da parte de Putin e estima que é preciso aproveitar qualquer sinal de relaxamento no conflito. Dos países europeus, a Alemanha é o que tem mais dificuldade em se indispor com o líder russo pelos interesses econômicos no país.

Já os Estados Unidos e também a OTAN continuam batendo na tecla que Putin não deu provas, até agora, de ter retirado os soldados russos da fronteira com a Ucrânia. O chanceler russo, Serguei Lavrov, reafirmou a retirada e diz que a OTAN é "cega."

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