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Rússia/Ucrânia

Putin assina tratado integração e Crimeia já faz parte da Rússia

O presidente russo Vladimir Putin assinou nesta terça-feira (18) no Kremlin o tratado de integração da Crimeia e da cidade de Sebastopol à Federação Russa. A medida entrou imediatamente em vigor. O presidente russo considerou o referendo de domingo democrático e convincente, e enfatizou que a única soberania possível na Crimeia hoje é a soberania russa. 

O presidente Vladimir Putin discursa no Kremlin antes de assinar o Tratado de integração da Crimeia à Rússia.
O presidente Vladimir Putin discursa no Kremlin antes de assinar o Tratado de integração da Crimeia à Rússia. Reuters
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Em um discurso ofensivo de 50 minutos, digno da era soviética, Putin disse diante de uma plateia de parlamentares, governadores e ministros de seu governo que a Crimeia será uma pátria para todos os povos que vivem naquele território, incluindo a minoria dos tártaros, que representam entre 12% e 15% da população.

Durante seu discurso, Putin acusou a Europa e os Estados Unidos de estabelecerem dois pesos e duas medidas para apontar uma violação do direito internacional na anexação da Crimeia, citando o caso do Kosovo, em que europeus e americanos reconheceram unilateralmente a independência daquele território da Sérvia. Ele também citou a ingerência americana e europeia na Líbia.

Situação econômica deplorável

Segundo o presidente russo, a Ucrânia deixou a Crimeia em um estado econômico deplorável e por isso moradores decidiram não se resignar. “As relações com o povo ucraniano permanecerão fraternas”, prometeu.

Putin disse ainda que não busca o enfrentamento com os ocidentais, mas não vai aceitar tropas da Otan nas portas de territórios históricos da Rússia. Ele agradeceu o apoio da China no Conselho de Segurança da ONU e encerrou seu discurso informando que a Rússia vai continuar defendendo seus interesses nacionais.

As autoridades da Crimeia pretendem retomar uma parte das áreas ocupadas pelos tártaros, segundo elas, de maneira "ilegal”. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro ministro da região, Roustam Temirgaliev, enquanto Putin discursava em Moscou.

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