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RCA/Conflito interrreligioso

Líder interino da RCA anuncia nova eleição presidencial em 15 dias

O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT, parlamento provisório) da República Centro-Africana, Alexandre Ferdinand Nguendet, declarou neste domingo (12) que vai organizar uma nova eleição presidencial no país em 15 dias. Garantindo que a violência interreligiosa está controlada, Nguendet pediu aos 100 mil refugiados que acampam perto do aeroporto da capital Bangui a voltar para casa.

Alexandre Ferdinand Nguendet, presidente do Conselho Nacional de Transição da RCA.
Alexandre Ferdinand Nguendet, presidente do Conselho Nacional de Transição da RCA. Laurent Correau / RFI
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Falando de um caminhão com o auxílio de um megafone, o presidente do CNT afirmou que não haverá mais combate armado entre cristãos e muçulmanos. Ele também informou à multidão que vai organizar uma nova eleição presidencial. 

A Corte Constitucional de transição centro-africana aceitou a demissão do ex-presidente Michel Djotodia, que renunciou na sexta-feira, sob pressão internacional, acusado de passividade diante da violência interrreligiosa que se espalho pelo país.

A demissão de Djotodia foi comunicada pela Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC), após uma reunião extraordinária de dois dias encerrada na sexta-feira para decidir sobre o futuro do país. Os líderes da CEEAC defendiam a demissão de Michel Djotodia diante de sua incapacidade de pôr um fim à onda de violência que atinge a República Centro-Africana.

A notícia da demissão do ex-chefe da coalizão rebelde Seleka foi recebida com entusiasmo pela população de Bangui que foi às ruas festejar. Tiros esporádicos foram ouvidos durante a comemoração.

Djotodia era acusado pelos moradores cristãos da capital da República Centro-Africana de ter deixado os ex-rebeldes, de maioria muçulmana, promover pilhagens e cometer uma série de abusos desde que eles conquistaram o país no ano passado.

Muitos moradores se organizaram em milícias conhecidas como antibalaka (antimachados) para responder aos ataques. Os alvos eram a comunidade muçulmana, o que fez o país mergulhar em uma espiral de violência. Para tentar estabilizar a República Centro-Africana, a França decidiu enviar uma força militar por meio da operação Sangaris.

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