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Síria/Médicos sem Fronteiras

Cinco membros dos Médicos sem Fronteiras são sequestrados na Síria

A ONG de origem francesa Médicos Sem Fronteiras informou hoje que cinco de seus funcionários foram levados de suas casas no norte da Síria na noite de ontem. Até agora, nenhum contato foi feito e a ONG não informa a nacionalidade das vítimas, o local exato onde eles foram sequestrados nem quem poderiam ser os sequestradores.

Des membres de l'EIIL en parade à Tel Abyad, près de la frontière turque, le 2 janvier 2014.
Des membres de l'EIIL en parade à Tel Abyad, près de la frontière turque, le 2 janvier 2014. REUTERS/Yaser Al-Khodor
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A organização informou que "está em contato com todos os atores da região" e mobiliza todos os esforços para restabelecer o contato com os colegas na Síria. A suspeita é de que eles teriam sido apreendidos para ser interrogados.

Os Médicos sem Fronteiras têm cinco hospitais e quatro centros de saúde no Norte da Síria. A região é majoritariamente ocupada por rebeldes, mas há algumas áreas em poder do regime. De acordo com as Nações Unidas, 32 funcionários ou voluntários da Cruz Vermelha morreram no país desde o início do conflito, em março de 2011. Atualmente, 21 colaboradores da ONU estão detidos na Síria.

Rebeldes contra jihadistas

Nesta sexta-feira, aconteceram combates entre rebeldes e militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), grupo ligado à Al-Qaeda, em zonas dominadas pela oposição. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ao menos quatro membros do EIIL morreram nas cercanias da cidade de Atareb. Em Aleppo e em Idleb, 16 combatentes pró-Al-Qaeda perderam a vida.

Este tipo de conflito tem se intensificado no país, conforme crescem ações jihadistas no seio da rebelião. No início da revolta, antes que ela se transformasse numa guerra que já fez 130 mil mortos, os partidários da guerra santa islâmica eram bem-vindos. Mas há alguns meses que existe uma cizânia dentro da oposição.

Na quarta-feira, o EIIL teria torturado e matado um médico rebelde, de acordo com a oposição. Em reação ao crime, a Coalizão Nacional de Oposição da Síria exigiu que todos os rebeldes que se filiaram ao EIIL que abandonem a rebelião e pediu a responsabilização criminal dos líderes desta "organização terrorista", exatamente como os "criminosos do regime" Bashar al-Assad.

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