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Rússia/xenofobia

Rússia reforça segurança em festa muçulmana após onda de xenofobia

Cem mil muçulmanos residentes em Moscou celebram nesta terça-feira a festa religiosa do Sacrifício (Eid-al-Adha) sob forte esquema de segurança, em meio à onda de xenofobia que atinge a capital russa. Os fiéis se reuniram desde cedo nas principais mesquitas de Moscou e também rezaram em ruas que foram bloqueadas pela polícia.

Segurança reforçada nas imediações das sete mesquitas de Moscou onde acontecem as festividades.
Segurança reforçada nas imediações das sete mesquitas de Moscou onde acontecem as festividades. REUTERS/Sergei Karpukhin
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As autoridades russas temem novos protestos violentos de manifestantes nacionalistas, após o assassinato de um jovem russo de 25 anos na semana passada. O principal suspeito do crime é um homem originário do Cáucaso. Ontem, a polícia prendeu 1.200 imigrantes de ex-repúblicas soviéticas. A versão oficial é que eles foram detidos para averiguação.

O porta-voz da polícia informou que, na ação policial, foram encontradas duas facas, um bastão de madeira e pistolas de ar comprimido em um carro estacionado perto do mercado de Biriuliovo, na zona sul de Moscou.

As organizações de direitos humanos denunciam o preconceito de grande parte da população russa, incluindo os governantes, contra imigrantes muçulmanos. Há suspeita de que as prisões tenham motivação puramente xenófoba. As ONGs recomendam que muçulmanos e imigrantes da Ásia Central fiquem alertas contra o recrudescimento da violência por motivação étnica.

Durante os protestos, centenas de russos gritavam palavras de ordem nacionalistas e reclamavam da impunidade em crimes praticados por estrangeiros. A polícia chegou a convocar forças extras para tentar conter a violência dos manifestantes que destruíram várias barracas e armazéns que pertenciam a estrangeiros.
 

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