Netanyahu ameaça ataque preventivo contra Irã

Depois do primeiro dia de negociações sobre o programa nuclear iraniana em Genebra, que segundo alguns participantes foi bastante otimista, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou nesta terça-feira que não exclui a possibilidade de um ataque preventivo contra o Irã. A declaração pode ter um impacto negativo na continuidade das negociações, que vão até quarta-feira.

Benjamin Netanyahu insiste para que a comunidade internacional imponha sanções contra o Irã. France 24

"Uma guerra preventiva é uma das decisões mais difíceis que um governo deve tomar, pois nunca será possível provar o que poderia ter acontecido caso não tivéssemos agido a tempo", disse Netanyahu durante um evento comemorativo da guerra arabo-israelense de 1973. O premier aproveitou a ocasião para afirmar que uma das lições aprendidas com esta batalha, foi de "levar a sério seus inimigos e jamais negligenciar os sinais de perigo".

Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha estão em negociação com o Irã para decidir o futuro das instalações nucleares do país. A comunidade internacional teme que o regime islâmico e esteja construindo uma bomba atômica, mesmo se Teerã insiste que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos, principalmente para a produção de eletricidade.

Israel, maior potência da região, continua fazendo pressão para que o bloco imponha sansões econômicas contra o Irã. Em março, Netanyahu já havia declarado que Israel agiria sozinho, se fosse preciso.