Justiça da Rússia indicia 30 militantes do Greenpeace por pirataria
Todo o grupo do Greenpeace que participou do protesto contra a exploração de petróleo no Oceano Ártico, em 19 de setembro passado, foi indiciado pela justiça da Rússia, por pirataria. A bióloga brasileira Ana Paula Maciel já tinha sido indiciada ontem com treze ativistas e hoje foi a vez dos dezesseis militantes que restavam. Eles podem pegar uma pena de até 15 anos de prisão.
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A primeira reação veio de Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace International, que denuncia uma uma decisão "irracional para intimidar e silenciar" a organização. Uma petição pela libertação do grupo já reuniu mais de 800 mil assinaturas.
Os advogados dos acusados apresentaram um recurso contra a detenção, indicou um porta-voz do tribunal Leninski de Murmansk. O comitê de investigação que se ocupa de apurar crimes no país, declarou que “os acusados não reconhecem ser culpados e se negam a testemunhar".
O presidente Vladimir Putin reconheceu na semana passada que os militantes não são piratas, mas argumentou que eles violaram "as normas da lei internacional". Um porta-voz do Kremlin afirmou que Putin expressou "sua opinião pessoal", mas que ele "não é nem investigador, nem procurador, nem juiz, nem advogado". Na Rússia, o crime de pirataria pode ser punido com sentenças de dez a quinze anos de prisão.
Os membros da tripulação do barco Arctic Sunrise, quatro russos e 26 estrangeiros de 17 países, continuam presos em Murmansk e seus arredores, no no noroeste.
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