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China/Economia

China inicia reforma econômica com zona de livre comércio

A China quer dar um passo maior rumo a uma reforma econômica, e para isso lançou no último domingo a zona de livre comércio de Xangai. É um experimento para garantir a atração de investimentos exteriores e desbancar a hegemonia de Hong Kong como centro financeiro asiático. O anúncio, embora já fosse esperado, veio às vésperas do aniversário de 64 anos da República Popular da China, quando o Partido Comunista chegou ao poder, comemorado nesta terça-feira.

O presidente chinês Xi Jinping (à esq.), o premiê Li Keqiang (centro, de óculos) e outras autoridades chinesas participam de cerimônia nesta terça-feira, 1° de outubro de 2013, para comemorar os 64 anos da fundação da República Popular da China.
O presidente chinês Xi Jinping (à esq.), o premiê Li Keqiang (centro, de óculos) e outras autoridades chinesas participam de cerimônia nesta terça-feira, 1° de outubro de 2013, para comemorar os 64 anos da fundação da República Popular da China. REUTERS/Jason Lee
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Janaína Silveira, correspondente da RFI em Pequim

Analistas apostam que essa zona de livre comércio poderá ter tanto impacto na economia chinesa quanto tiveram as políticas de reforma e abertura lançadas por Deng Xiaoping no final da década de 70.

A reestruturação econômica é ensaiada desde 2008, quando o país viu que não poderia manter a política baseada em exportação depois da dura crise que atingiu a Europa e os Estados Unidos.

A aposta agora é o consumo interno, fazendo crescer demandas - e principalmente salários dos chineses. A expectativa é de que em menos de 20 anos eles já sejam um bilhão nas cidades.

Mas para além do consumo interno, a China mostra que quer ser ponto de atração de investimentos financeiros. É também uma tentativa de enfrentar a possível criação de blocos entre os norte-americanos e os europeus e entre os sul-coreanos e os japoneses, ambos movimentos anunciados no primeiro semestre, mas sem data prevista para vigorar.

No Sina Weibo, o microblog mais popular do país, alguns internautas tentaram usar os 64 anosda República Chinesa para lembrar o massacre de 1989, que ocorreu em 4 de junho - mês seis, dia quatro. Mas os posts com os números considerados sensíveis desapareceram da rede em poucas horas.

Os líderes do país tomaram um café da manhã em conjunto nesta terça-feira, simbolizando a união da nova cúpula, no poder desde março.

 

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