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Síria/conflito

Bashar al Assad não teria dado ordem para ataque químico, dizem EUA

Os Estados Unidos e seus aliados ainda não têm nenhuma prova de que o presidente sírio Bashar al-Assad tenha dado a ordem para lançar o ataque químico do dia 21 de agosto em Damasco, que deixou 300 mortos, mas é praticamente certo que a ação é resultado de uma ordem de um militar do alto escalão do regime. A informação foi divulgada nesta quinta-feira por um responsável do serviço de segurança americano.

Os observadores da ONU usam máscaras de gás para se proteger nesta quinta-feira, 29 de agosto
Os observadores da ONU usam máscaras de gás para se proteger nesta quinta-feira, 29 de agosto REUTERS/Mohamed Abdullah
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Não há mais dúvidas de que o ataque que gerou indignação mundial e levou as potências a discutir uma intervenção militar foi perpretado pelo regime, mas ainda não há confirmação sobre quem teria tomado a decisão no governo sírio.

O secretário de Estado americano Jonh Kerry e o da Defesa, Chuck Hagel, devem dar detalhes ainda hoje ao Congresso americano sobre dados obtidos pelos serviços secretos.

A porta-voz do departamento de Estado, Marie Harf, afirmou nesta quarta-feira que apenas o regime sírio teria condições de organizar o ataque ocorrido no dia 21 de agosto.

"Desta forma, mesmo que Bashar al Assad não tenho ordenado pessoalmente o ataque, ele é considerado responsável, independentemente de quem estava no comando da operação", declarou.

Informações obtidas por agentes do serviço secreto levam a crer que a decisão de recorrer às armas químicas foi tomada por um militar atuando diretamente no front, sem uma ordem formal do governo. As ligações entre o alto comando e os militares nas ruas foram interceptadas pelos Estados Unidos e não citam Bashar al-Assad.

A comunidade internacional ainda busca obter um consenso e uma base legal para uma intervenção na Síria. Estados Unidos e Reino Unido já começaram a posicionar suas forças na costa do país.

Depois de uma reunião sem maiores resultados, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia) estão novamente reunidos nesta quinta-feira para analisar a resolução proposta pelos britânicos, que autoriza uma ação militar.

O texto prevê "todas as medidas necessárias para proteger civis contra as armas químicas na Síria."

A Rússia e a China rejeitam a operação. Hoje a chanceler Angela Merkel conversou com o presidente Vladimir Putin e ambos concordaram que a solução para a crise deve ser política.

Os Estados Unidos e o Reino Unido são favoráveis a um ataque mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança. Os principais ministros britânicos do país, reunidos nesta quinta, concordaram que era preciso respeitar a Convenção das armas químicas em nome do "interesse nacional."

Já os Estados Unidos se reserva o direito de agir ''unilateralmente'' se julgar necessário, segundo a Casa Branca.
 

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