Ação policial contra manifestantes pró-Mursi deixa dezenas de mortos no Cairo
Ao menos 43 partidários do presidente deposto Mohamed Mursi foram mortos nesta quarta-feira, 14 de agosto de 2013, durante uma ação policial para evacuar duas praças ocupadas pelos manifestantes no Cairo. Segundo a Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence Mursi, o balanço das vítimas seria muito maior.
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Ainda há muita confusão e as informações sobre o que está acontecendo no Cairo são por vezes contraditórias.
Segundo a Irmandade Muçulmana, mais de 250 partidários do presidente deposto Mohamed Mursi foram mortos e mais de 2 mil ficaram feridos hoje durante o ataque da polícia contra duas praças que eles ocupavam na capital Cairo. Mas por enquanto não é possível confirmar essa informação.
Um jornalista da agência France Presse no Cairo afirmou ter contado ao menos 43 cadáveres em uma morgue controlada pelos partidários de Mursi.
Por sua vez, o ministério do Interior informou que pelo menos dois integrantes das forças da ordem foram mortos durante a intervenção policial.
As duas praças do Cairo, que começaram a ser sobrevoadas na manhã desta quarta-feira por helicópteros, foram bombardeadas com gás lacrimogênio.
Menos de duas horas após o início do ataque, o ministério anunciou que a praça Al Nahda, a menor delas, já estava totalmente sob o controle das forças de segurança. A polícia escoltou mulheres e crianças para fora do local e revistou as tendas instaladas na praça.
As duas praças eram ocupados pelos manifestantes desde que o presidente Mursi foi deposto pelas Forças Armadas, no dia 3 de julho. Eles exigiam a volta ao poder do primeiro presidente eleito de forma democrática no Egito.
O governo de transição anunciou que os trens que partem e chegam ao Cairo foram bloqueados a fim de evitar novas manifestações fora da capital.
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