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Marrocos/Espanha

Rei da Espanha não pediu perdão para pedófilo preso no Marrocos

O rei da Espanha não pediu ao Marrocos o perdão de um pedófilo nem de nenhum outro prisioneiro espanhol, mas se interessou somente pela "situação" desses presos e pediu que um deles, que está doente, pudesse cumprir sua pena na Espanha, segundo uma declaração feita nesta segunda-feira pela Casa Real espanhola.

O rei Juan Carlos da Espanha durante vista ao hospital universitário de Santiago de Compostela, em imagem do dia 25 de julho de 2013; seu porta-voz informou que ele não teve nada a ver com a libertação do pedófilo espanhol preso no Marrocos.
O rei Juan Carlos da Espanha durante vista ao hospital universitário de Santiago de Compostela, em imagem do dia 25 de julho de 2013; seu porta-voz informou que ele não teve nada a ver com a libertação do pedófilo espanhol preso no Marrocos. REUTERS/Eloy Alonso
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"A pedido das associações de famílias de presos, o rei se interessou pela situação dos prisioneiros espanhóis no Marrocos", durante seu encontro em julho com o rei Mohamed 6, explicou um porta-voz da Casa Real.

Durante um encontro com o primeiro-ministro marroquino, Abdelilah Benkiran, o rei Juan Carlos "pediu-lhe formalmente que um deles, um caminhoneiro que sofre de diabetes e de uma doença cardíaca, pudesse cumprir sua pena na Espanha", acrescentou o porta-voz.

A situação desse homem, condenado por tráfico de haxixe, " ainda não foi resolvida" pois ele não se beneficiou do perdão real concedido na terça-feira passada por Mohamed 6 a 48 prisioneiros espanhóis em nome, segundo a mídia oficial marroquina, das boas relações entre os dois países.

O porta-voz da Casa Real garantiu que o rei nunca havia pedido uma medida desse tipo e que Mohamed 6 "foi mais longe" que o interesse expresso por Juan Carlos ao informá-lo, alguns dias após sua visita, que havia decidido perdoar 48 prisioneiros espanhóis.

"O rei agradeceu (...) sem saber quem era esses prisioneiros", acrescentou.

Entre eles estava Daniel Galván, um homem de cerca de 60 anos condenado em 2011 a 30 anos de prisão no Marrocos pelo estupro de onze menores. Sua libertação provocou uma onda de indignação no país, onde a opinião pública pergunta como esse homem foi parar na lista dos beneficiários da graça real. O rei do Marrocos decidiu no domingo à noite anular o perdão.

"Não temos nada a ver com a elaboração de lista nenhuma", afirmou o porta-voz da Casa Real de Espanha.

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