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Tunísia/Crise

Governo tunisiano realiza reunião de emergência para enfrentar crise

O governo da Tunísia realiza nesta segunda-feira uma reunião de emergência para discutir a crise política que atinge o país, enquanto cresce a contestação anti-islamita.

Protesto contra o governo diante da sede da Assembleia Nacional Constituinte na capital Tunis.
Protesto contra o governo diante da sede da Assembleia Nacional Constituinte na capital Tunis. REUTERS/Anis Mili
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Na semana passada, o deputado Mohamed Brahimi, principal voz da oposição, foi assassinado gerando uma onda de indignação. O primeiro-ministro tunisiano, Ali Larayedh, deve fazer um pronunciamento nacional no final do dia.

Opositores e partidários do governo tunisiano, liderado pelo partido islamita Ennahda, se enfrentam em manifestações em Tunis e em Sidi Bouzid, no centro-oeste do país, cidade natal de Brahimi. Em Tunis, o exército bloqueia o acesso à Praça do Bardo. O principal lugar de mobilização da capital foi declarado “zona militar fechada”, depois dos enfrentamentos entre manifestantes. Diante da prefeitura de Sidi Bouzid, pessoas foram dispersadas pelos policiais com gás lacrimogêneo.

A execução de Brahimi é o segundo crime político em menos de seis meses. Em fevereiro, o anti-islamista Chokri Belaïd também foi assassinado. No domingo, milhares de pessoas se reuniram diante da sede do Parlamento em Tunis para protestar. Os manifestantes pedem a dissolução da Assembleia Constituinte e a renúncia do governo islâmico, acusado de ser o responsável pela morte dos opositores. Paralelamente, outro grupo também formado por milhares de pessoas manifestas em apoio ao governo.

A União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT), principal sindicato do país com mais de 500 mil membros e responsável pela greve geral realizada na última sexta-feira deve se reunir ainda nesta segunda-feira para definir suas próximas ações. “A UGTT quer exercer seu papel histórico para defender o direito dos tunisianos de manifestar e a liberdade”, afirmou Sami Tahri, secretário-geral adjunto do sindicato.

 

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