Chuvas matam mais de 600 pessoas na Índia

As enchentes e deslizamentos de terra provocados pelas primeiras chuvas de monção mataram pelo menos 560 pessoas no norte da Índia e deixaram dezenas de milhares de desaparecidos. As autoridades temem que o número de vítimas fatais ainda aumente significativamente. O mau tempo continuava a atrapalhar os serviços de resgate no domingo.

Soldados tentam consertar ponte destruída pelas águas em Govindghat, no Estado de Uttarakhand, no Himalaia. REUTERS/Danish Siddiqui

As chuvas torrenciais que atingiram a região de Uttarakhand, no Himalaia, dia 15 de junho, fizeram os rios transbordarem, levando casas, prédios e até mesmo vilarejos inteiros. A região é rica em templos hindus em altitudes elevadas. Na mitologia hindu, Uttarakhand é a morada dos deuses. Pontes e estradas estreitadas que levavam a locais de peregrinação foram destruídos.

“O número de mortes pode ultrapassar 750, talvez chegar a mil”, declarou o chefe do governo do Estado, Vijay Bahuguna, no sábado. Dezenas de helicópteros e milhares de soldados foram mobilizados para as operações de resgate, quase uma semana após o início precoce das chuvas do período de monção. Segundo uma TV indiana, as autoridades cogitam usar drones para localizar sobreviventes.

Cerca de 33 mil pessoas haviam sido resgatadas até agora nesta semana, informou o governo. O primeiro-ministro Manmohan Singh ofereceu o equivalente a 7.600 reais para a família das vítimas fatais e 1.900 reais para os feridos. Ele também prometeu dinheiro para as pessoas que perderam suas casas.

Singh declarou ainda que vai direcionar o equivalente a 376 bilhões de em ajuda humanitária para a região afetada.