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Síria/ conflito

Filhas de jornalista desaparecido na Síria pedem informações sobre italiano

As duas filhas do jornalista italiano Domenico Quirico, desaparecido na Síria há 50 dias, lançaram hoje um apelo por informações sobre o repórter, através de um vídeo divulgado no site do jornal La Stampa, para o qual trabalha o profissional. Em campo, os rebeldes lutam para defender suas últimas posições na cidade de Qusseir, submetida a ataques do regime, com o apoio do grupo xiita libanês Hezbollah.

Combates permanecem na região de Quseir, neste sábado.
Combates permanecem na região de Quseir, neste sábado. REUTERS/ Rami Bleible
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Metella e Eleonora, as duas jovens filhas do jornalista italiano, dirigem a mensagem ao povo sírio. “Nosso pai se encontra no seu país para contar para a Itália o drama da Síria e do povo sírio”, diz uma delas, com o olhar entristecido. Elas pedem por “qualquer informação que possa nos permitir encontrar e abraçar novamente” o pai, de 62 anos.

“Nós pedimos a qualquer pessoa que souber de alguma coisa contatar as autoridades italianas”, afirmam, com legendas em inglês. Elas concluem o vídeo com uma mensagem a Quirico. “Nós te esperamos em breve, papai.”

O jornalista é especialista na cobertura de conflitos armados e entrou na Síria no dia 6 de abril, através do Líbano. Desde esta data, ele apenas falou rapidamente com a esposa e enviou uma mensagem de texto para o celular de um colega, dizendo “estou na Síria”, no dia 9 de abril.

Ele tem experiência em diversos conflitos na África, como na Líbia, no Sudão, no Darfur e no Mali, e havia avisado que permaneceria em silêncio durante uma semana. No dia 15 de abril, o La Stampa, um dos principais jornais italianos, decidiu alertar as autoridades, em acordo com a família de Quirico. Mas por enquanto, as buscas por ele não surtiram resultados.

Conflitos permanecem

Neste sábado, seis foguetes lançados da Síria caíram no leste do vizinho Líbano, sem deixar vítimas, indicou uma fonte dos serviços de segurança. "Seis foguetes caíram na região entre Saraain al-Fawqa e Saraain al-Tahta", no vale da Bekaa. "Foram lançados da Síria e não deixaram vítimas", disse a fonte.

O Líbano é alvo frequente de foguetes lançados da vizinha Síria em direção tanto às zonas sunitas, que apoiam os rebeldes sírios, quanto às xiitas, dominadas pelo Hezbollah, que apoia o regime de Bashar al-Assad. Na semana passada, uma mulher morreu na queda de três granadas de obus no Líbano, provenientes da Síria. A posição oficial do Líbano no conflito sírio é de neutralidade, mas o Hezbollah libanês tem combatentes de seu braço armado lutando ao lado das tropas de Assad, sobretudo na batalha pela cidade síria de Quseir.

Nesta região, os rebeldes continuam lutando hoje para defender suas posições, diante do avanço das tropas do regime. Os opositores publicaram um comunicado no qual parabenizam a “resistência” da rebelião em Quseir e afirmam que a partida de Bashar al-Assad do poder e “o fim imediato das operações militares das forças do regime, do Hezbollah e do Irã são as principais condições para a sua participação na conferência internacional de paz” que Washington e Moscou tentam organizar.
 

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