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Irã/nuclear

Irã acelera instalações de centrífugas para enriquecer urânio a alto teor

O Irã está acelerando a instalação de centrífugas mais modernas na usina de Natanz, no centro do país, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira pela AIEA (Agência Internacional Atômica). A nova tecnologia poderá facilitar a fabricação da arma atômica, como temem as grandes potências.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad visita uma central em Natanz, a 270 quilômetros de Téhéran.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad visita uma central em Natanz, a 270 quilômetros de Téhéran. AFP
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De acordo com o documento, o Irã instalou aproximadamente 700 centrífugas IR-2m, além de diversos outros dispositivos, ainda em fase de construção. A instalação dos novos equipamentos terminou no dia 15 de maio, segundo o relatório, mas eles ainda não entraram em funcionamento. Outras reformas estão sendo realizadas para aumentar a produção de urânio enriquecido a alto teor.

O Irã fabrica urânio enriquecido a 5 e 20% para fins civis, mas com o desenvolvimento de suas usinas, as potências ocidentais e Israel temem que o país possa, dentro de pouco tempo, fabricar a arma atômica, que necessita de um urânio mais puro, de 90% de teor.

Em seu relatório trimestral, a agência da ONU também ressalta que o número de centrífugas na central de Fordo, perto de Qom, continua o mesmo em relação a fevereiro. A central preocupa a comunidade internacional porque é neste local que o Irã concentra a maior parte da produção de material radioativo a alto teor.

Um relatório divulgado em 2011 pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) mostrou que programa nuclear do país tinha dimensões militares. Os inspetores da agência até hoje não foram autorizados a entrar em algumas centrais como Parchin, como estipulam as regras impostas aos países que assinaram o TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear), caso do Irã, que aderiu em 1968.

Eleições

As autoridades iranianas insistem que o programa nuclear do país é pacífico, apesar das suspeitas da comunidade internacional. Ambas as partes vêm tentando obter um acordo sem sucesso, apesar das diversas sanções adotadas na ONU contra o Irã, que hoje vive uma grande crise econômica.

A possibilidade de um consenso neste momento é pequena, já que o chefe dos negociadores do programa iraniano, Said Jalili, é um dos candidatos favoritos à presidência do país, e provavelmente não tomará decisões antes das eleições, marcadas para o o próximo dia 14 de junho.
 

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