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Filipinas/eleições

Filipinos votam em eleições legislativas em clima de violência

Cerca de 52 milhões de eleitores filipinos vão às urnas nesta segunda-feira para eleger representantes locais, deputados e senadores. Mais uma vez a campanha eleitoral nas Filipinas é marcada pela violência, com um saldo provisório de mais de  30 mortos.

52 milhões de eleitores filipinos vão às urnas hoje para eleger representantes locais, deputados e senadores.
52 milhões de eleitores filipinos vão às urnas hoje para eleger representantes locais, deputados e senadores. Malacanang Presidential Palace/Handout via Reuters
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Pelo menos 7 pessoas foram mortas neste dia de votação. O conselheiro político do presidente Benigno Aquino, Manuel Mamba, escapou ileso de um ataque contra sua comitiva em Alcal, no norte do país. Ele fazia campanha para um de seus irmãos, candidato ao cargo de governador.

O presidente Aquino conta com o bom desempenho de sua política econômica nos últimos meses para fazer da eleição um referendo a seu governo. Filho do principal opositor do ditador Ferdinand Marcos, abatido depois de retornar do exílio, em 1983, Aquino foi eleito em junho de 2010 para um mandato único de 6 anos. Seu programa de governo foi focado no combate à corrupção e a pobreza que atinge a maioria dos 100 milhões de moradores do arquipélago.

Três anos após sua eleição, pesquisas indicam que Aquino continua sendo um dos presidentes mais populares da história do país. A taxa de crescimento econômico das Filipinas é uma das mais elevadas da região (6,6%, em 2012) e o país tem a confiança de investidores estrangeiros.

A votação deste segunda-feira na metade de seu mandato visa renovar 18 mil cargos em todo o país e é considerado crucial para Aquino continuar sua política de reformas, especialmente se conquistar maioria no Senado, atualmente é controlado pela oposição.

Tensão

As eleições acontecem em um momento de tensão entre as Filipinas e Taiwan devido a morte de um pescador taiwanês por um agente da guarda-costeira filipina. O incidente desencadeou uma onda de revolta em Taiwan com muitos moradores ateando fogo na bandeira das Filipinas diante da representação diplomática do país em Taipei aos gritos de “Justiça” e “o assassino deve ser punido”.

O presidente Benigno Aquino pediu calma para conter uma eventual escalada da tensão. O governo filipino admitiu que a guarda-costeira disparou contra um barco de pesca de Taiwan matando um pescador de 65 anos. O presidente taiwanês Ma Ying-jeou exigiu pedido formal de desculpas.

Aquino indicou que uma investigação está em curso e diplomatas dos dois países acompanham o caso.

 

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