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África do Sul/Crime

Tribunal acata pedido de crime premeditado contra Pistorius

A acusação de crime premeditado foi feita esta manhã pela promotoria no primeiro dia da audiência do campeão paralímpico, Oscar Pistorius, em um tribunal de Pretória, África do Sul. Ele é acusado de matar a namorada. A defesa do atleta reafirma que ele confundiu a jovem com um assaltante. O tribunal deve decidir se Pistorius tem direito a fiança.

Oscar Pistorius durante a audiência desta terça-feira, 19 de fevereiro de 2013, no tribunal de Pretória.
Oscar Pistorius durante a audiência desta terça-feira, 19 de fevereiro de 2013, no tribunal de Pretória. REUTERS/Siphiwe Sibeko
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Oscar Pistorius estava muito emocionado e sua deposição teve que ser lida por seu advogado, Barry Roux. Ele nega categoricamente a premeditação e disse que estava “profundamente apaixonado” pela namorada. Ele explicou que atirou contra a porta do banheiro pensando que um ladrão tinha conseguido entrar pela janela. Em seguida, usou o taco de críquete para quebrar a porta.

A promotoria não acredita nessa versão. Logo no início da sessão, na manhã desta terça-feira, o promotor pediu que Pistorius responda por crime premeditado. Pistorius, biamputado das pernas, colocou suas próteses e andou sete metros para atirar contra a porta, informou o promotor que perguntou por que um ladrão se trancaria em um banheiro?

Pistorius, que tinha conseguido manter a calma no início da audiência, começou a chorar como na primeira vez em que compareceu ao tribunal, na sexta-feira, quando foi indiciado por homicídio. Ele está preso desde a última quinta-feira, após ter matado a namorada com quatro tiros em sua casa, em Pretória.

A audiência, que foi interrompida no meio da tarde desta terça-feira e deve continuar na quarta-feira a partir das 9h locais, deve definir se o atleta tem direito de ser libertado após pagamento de fiança. 

A promotoria pediu um intervalo para estudar os depoimentos apresentados pela defesa do campeão paralímpico, que corre o risco de ser condenado à prisão perpétua. Mas as chances de que ele possa aguardar o julgamento em liberdade são pequenas.

Jornalistas do mundo inteiro estão tendo que acompanhar a sessão do lado de fora do Tribunal de Pretória. Apenas 26 jornalistas foram autorizados a entrar na pequena sala.

Também nesta manhã, aconteceu o funeral de Reeva Speenkamp, uma cerimônia em Porto Elizabeth reservada a familiares e amigos. A família prometeu divulgar um comunicado após a cremação.

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