Violência no Líbano devido à crise na Síria deixa mortos e feridos
Seis mortos e cerca de quarenta feridos. Este foi o saldo neste domingo em Tripoli, principal cidade do norte do Líbano, depois dos confrontos ligados ao conflito da Síria, país vizinho. Desde a terça-feira passada, quando recomeçaram as violências, 19 pessoas perderam a vida, entre elas, duas crianças.
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O som ensurdecedor de tiros de metralhadoras e bombas foram ouvidos neste domingo nos bairros pobres de Bab al-Tebbaneh e Jabal Mohsen, onde sunitas opositores ao regime do presidente sírio Bachar al-Assad enfrentaram os alauítas, membros da mesma minoria religiosa que Assad.
Tropas do exército foram deslocadas na região para obrigar os inimigos a se retirar, mas as emboscadas e os tiros à queima-roupa continuam. Mesmo se os responsáveis pela segurança da zona insistem que os confrontos são esporádicos, a violência oriunda da exportação do conflito sírio não diminui.
Em Tripoli a situação é tensa desde o começo da crise na Síria. Na terça-feira passada, o estopim foi a morte pelo exército sírio de 22 jovens sunitas que partiram do Líbano para combater ao lado dos opositores ao regime.
Grande parte dos habitantes de Tripoli, de maioria sunita, apoia a rebelião síria. Em compensação, o poderoso partido xiita Hezbollah, principal aliado libanês de Damasco, é acusado de lutar ao lado das forças do regime. Os vilarejos sírios na fronteira com o Líbano são palco de conflitos diários entre os xiitas do Hezbollah e os opositores ao regime de Bachar al-Assad.
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