Ano de 2012 deve bater recorde de calor, alerta ONU
Em sua declaração anual sobre o clima, nesta quarta-feira em Genebra, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, visou influenciar os debates na conferência climática da ONU, a COP 18, que acontece neste momento em Doha, no Qatar. Ele disse que fenômenos climáticos extremos foram registrados em todo este ano, provocando recordes de temperatura e de degelo do Ártico.
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Segundo a agência da ONU, o Hemisfério Norte foi a região que mais sofreu com esses fenômenos climáticos este ano. O período de janeiro a outubro de 2012 já é considerado o nono mais quente desde o início das medições, em 1850. O aumento médio da temperatura registrado neste período foi de 0,45 graus acima da norma calculada entre os anos de 1961 e 1990.
Os anos de 2001 a 2011 já são considerados os mais quentes da história. O calor registrado nos dez primeiros meses de 2012 indica que este ano não será exceção. O ano já foi marcado por fenômenos naturais extremos, como a temporada de furacões no Atlântico, como Sandy.
“Estamos assistindo de camarote a evolução do clima e isto continuará acontecendo por causa do efeito estufa”, disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. Se nada for feito, as ondas de calor, as tempestades e os períodos de seca serão cada dia mais intensos, alertou.
A organização espera que essas informações interfiram nos debates da COP 18. Até o dia 7 de dezembro, representantes de 190 países estão reunidos em Doha para estabelecer as bases de um futuro acordo previsto para 2015 que irá substituir o protocolo de Kyoto. Assinado em 1997, o protocolo de Kyoto é o único tratado que impõe metas de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
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