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Israel/Palestino

Gaza é bombardeada por Israel enquanto Egito media cessar-fogo

A aviação e a marinha israelenses bombardeiam desde cedo a Faixa de Gaza, no sexto dia da ofensiva Pilar Defensivo. Ao menos dez pessoas já morreram na manhã desta segunda-feira. Entre as vítimas estão uma criança de 5 anos e duas mulheres de 20 e 23 anos. No plano diplomático, as iniciativas para um cessar-fogo incluem negociações do Egito com as duas partes do conflito e visitas de líderes políticos à Israel e aos territórios palestinos.

Dez pessoas, incluindo uma criança de cinco anos, morreram na manhã desta segunda-feira na Faixa de Gaza.
Dez pessoas, incluindo uma criança de cinco anos, morreram na manhã desta segunda-feira na Faixa de Gaza. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Desde o início da operação militar na quarta-feira, com o assassinato do chefe militar do Hamas Ahmad Jaabari, 90 pessoas já morreram, sendo 87 palestinos, a metade civis, e três civis israelenses. Temendo os foguetes palestinos, as autoridades israelenses modificaram as rotas dos aviões comerciais que utilizam o aeroporto de Tel Aviv.

O exército israelense afirmou que desde quarta-feira 846 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra seu território, sendo que 302 foram interceptados pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro.

Já os militantes das Brigadas de Ezzedine Al-Qassam, braço armado do Hamas, prometem vingar a morte de mulheres e crianças. Eles dizem que Israel vai pagar caro por ter adotado civis como alvo para justificar seu fracasso militar.

 O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou preocupação com as vítimas civis palestinas e com os ataques contra Israel na véspera de sua viagem ao Egito que concnetra todos os esforços para fim à espiral de violência. Na terça-feira, Ban Ki-Moon visitará Israel e se encontrará com representantes palestinos.

O ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, também está na região, em Jerusalém, como negociador do quarteto para o Oriente Médio, formado por Estados Unidos, União Européia, ONU e Rússia.

Segundo a imprensa israelense, uma delegação de Israel foi enviada à capital egípcia para discutir uma trégua. No domingo, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, se encontrou com Khaled Mechaal, chefe político do Hamas, e com Ramadan Challad, líder da Jihad Islâmica, mas o comunicado sobre o resultado das negociações é vago. O governo egípcio também se encontrou com representantes israelenses.

Redes sociais

No Facebook, Izzat Richek, um conselheiro de Khaled Mechal, escreveu que o Hamas concordaria com um cessar -fogo somente se Israel “pare sua agressão, ponha fim à sua política de assassinatos visando seus líderes e levante seu embargo à Gaza”.

Através do twitter, o vice-primeiro ministro israelense, Moshe Yaalon, impôs uma lista de condições para uma trégua. “Se o sul (de Israel) estiver calmo e nenhum foguete nem míssil for lançado sobre cidadãos israelenses, nem houver ataques terroristas a partir da Faixa de Gaza, nós não atacaremos”, garantiu.

No domingo, o premiê israelense, Benjamin Netaniahu, afirmou que seu país está pronto a ampliar sua ofensiva para por fim aos ataques palestinos contra o sul de Israel.

Ontem, ao concluir uma visita a Israel e aos territórios palestinos ocupados, o chanceler francês Laurent Fabius ofereceu ajuda da França e resumiu em duas palavras a situação: “urgência” e “cessar-fogo”.

 

 

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