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Israel/Faixa de Gaza

Chanceler francês vai para Israel e Palestina tentar cessar-fogo

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, viaja neste domingo para Jerusalém, Ramallah e Tel-Aviv para se encontrar com dirigentes israelenses e palestinos, segundo fontes oficiais, e discutir a escalada de violência entre as duas partes. Novos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza deixaram pelo menos 14 palestinos mortos neste sábado.

A sede do governo do Hamas em Gaza foi destruída neste sábado, 17 de novembro de 2012, por um míssil israelense.
A sede do governo do Hamas em Gaza foi destruída neste sábado, 17 de novembro de 2012, por um míssil israelense. REUTERS/Suhaib Salem
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Fabius vai se reunir em Jerusalém com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, além do chanceler Avigdor Lieberman e o presidente Shimon Peres. Em Tel-Aviv o ministro francês conversará com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, segundo um comunicado da embaixada da França. No final da tarde, Fabius tem encontro com o presidente palestino Mahmoud Abbas, informou a presidência palestina.

Desde o início da operação “Pilar Defensivo”, há 4 dias, 44 palestinos e 3 israelenses morreram. Neste sábado, Tel Aviv voltou a ser alvo de foguetes disparados da Faixa de Gaza, mas os disparos foram interceptados pelo sistema antimísseis israelense. Israel voltou a bombardear intensamente a Faixa de Gaza.

Os ataques, que também visaram prédios do governo do Hamas no território, deixaram ao menos 14 palestinos mortos. A sede do governo do Hamas foi destruída. Mais de 180 ataques aéreos foram contabilizados somente na noite de sexta para sábado. Os moradores de Gaza estão aterrorizados.

Os alarmes antiaéreos voltaram a soar na tarde deste sábado em Tel Aviv, pelo terceiro dia consecutivo. As televisões mostraram imagens do sistema antimísseis israelense “Cúpula da Ferro” interceptando um foguete lançado da Faixa de Gaza contra a cidade. Ao mesmo tempo, o braço armado do Hamas anunciou ter atirado um foguete de longo alcance tipo Fajr 5, de fabricação iraniana, contra Israel. As autoridades militares e o governo israelense consideram inadmissível que os grupos armados palestinos tenham mísseis de longo alcance. O Irã desmentiu neste sábado ter fornecido os foguetes Fajr aos movimentos palestinos.

Saldo de 4 dias da operação "Pilar Defensivo"

Segundo balanço oficial do exército israelense, mais de 830 disparos foram feitos contra Gaza desde o início da operação “Pilar Defensivo”, na última quarta-feira. Pelo menos 610 foguetes foram disparados contra Israel, sendo que 230 foram interceptados pelo sistema antimíssil israelense. As hostilidades já deixaram saldo de 43 mortos, 40 palestinos e três israelenses, e mais de 400 feridos, a grande maioria de palestinos

Neste sábado, cerca de 20 mil reservistas, dos 75 mil mobilizados, já integraram suas unidades. Dezenas de blindados estão estacionados nas imediações da fronteira com a Faixa de Gaza, indicando uma possível incursão terrestre no território palestino.

O primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, disse durante visita ao Cairo que Israel deve prestar contas deste massacre contra civis e inocentes na Faixa de Gaza. A ONU anunciou que o secretário-geral, Ban Ki-moon, irá em breve à região tentar convencer israelenses e palestinos a aceitar um cessar-fogo.
 

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