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Síria/ Rússia

Navios russos se aproximam da Síria, onde confrontos continuam

Três grandes navios de guerra russos vão desembarcar na sua base naval em Tartus, na Síria, de acordo com agências de notícias russas, citando um membro do Estado-maior do país. Cada navio leva 120 soldados, em uma missão que até o momento não foi claramente explicada pelas autoridades. Os bombardeios do regime do presidente Bashar al-Assad a Aleppo permanecem nesta sexta-feira.

Protestos foram realizados ontem na vizinha Turquia em apoio à rebelião na Síria.
Protestos foram realizados ontem na vizinha Turquia em apoio à rebelião na Síria. REUTERS/Osman Orsal
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A Rússia e a China são as maiores aliadas do presidente sírio, que enfrenta há 15 meses um movimento de rebelião popular contra o seu governo. As embarcações, que estão no mar Mediterrâneo, devem chegar à Síria até o início da próxima semana. O país é um dos maiores clientes bélicos de Moscou. Em junho, a Rússia havia dito que preparava o envio de fuzileiros navais ao país árabe para proteger a sua base militar e trocar equipamentos.

Os russos negam que as manobras no Mediterrâneo sejam ligadas à crise política na Síria e desmentiu informações de que estaria utilizando os navios para entregar armas ao regime.

Na manhã desta sexta-feira, as forças do regime sírio recomeçaram os bombardeios contra os rebeldes em Damasco e Aleppo. Somente ontem, 179 pessoas foram mortas no país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Rebeldes e militares do governo disputam o aeroporto militar de Marj al-Sultane, no subúrbio de Damasco, um dos poucos redutos rebeldes na capital. O regime de Bashar al-Assad afirma ter retomado o controle da cidade, mesmo depois dos intensos ataques em bairros de Damasco e dos atentados que mataram oficiais do alto escalão militar. Já a maior parte de Alepo, segunda maior cidade do país, continua sob o comando dos insurgentes.

A Assembléia Geral da ONU deve votar nesta sexta-feira, em Nova York, uma resolução apresentada pela Arábia Saudita e outros países árabes para denunciar o ataque de cidades sírias pelo Exército e pede uma transição política o mais rápido possível. A resolução tem caráter simbólico e serviria somente para aumentar a pressão sobre o regime.

A revolta na Síria já matou mais de 20 mil pessoas, a maioria delas civis, conforme dados extra-oficiais. O impasse, que começou em março de 2011, causou nesta quinta-feira a demissão do mediador e enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan. Ele alegou falta de apoio dos países membros. O regime sírio lamentou a demissão, enquanto Washington acusou Pequim e Moscou pelo fracasso nas negociações de paz.

 

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