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Israel / Eleições

Parlamento israelense está prestes a aprovar dissolução e eleições antecipadas

O Parlamento israelense deve pronunciar nesta segunda-feira sua dissolução a fim de realizar eleições legislativas antecipadas no início de setembro. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou nesta manhã, durante a reunião semanal do Conselho dos Ministros, que desejava organizar a votação no dia 4 de setembro.

O premiê israelense Benjamin Netanyahu, durante encontro em Jerusalém nesta segunda-feira.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu, durante encontro em Jerusalém nesta segunda-feira. REUTERS/Gali Tibbon/Pool
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O projeto de lei que prevê dissolver a 18ª Knesset (Parlamento) e "antecipar a data das eleições da 19ª Knesset para terça-feira 4 de setembro de 2012" já foi aprovado pela comissão ministerial das leis e pela comissão permanente do Parlamento.

Agora o projeto deve ser rapidamente debatido na Câmara e aprovado na leitura preliminar e poderia até ser votado na segunda ou terceira leituras na segunda-feira à noite ou na terça-feira.

Esse texto esbarra na hostilidade do partido ultranacionalista Israël Beiteinou e do pequeno partido da Independência, ambos membros da coalizão governamental, assim como na oposição do Kadima (centro-direita).

Esses três partidos laicos querem retardar a dissolução da Câmara até a votação pelos deputados de uma controversa nova lei obrigando os judeus ultraortodoxos a realizar seu serviço militar.

Mas a comissão ministerial das leis também acelerou o processo legislativo para responder ao pedido deles e examinar até a data das eleições seus textos de lei sobre o serviço militar dos religiosos ortodoxos.

No domingo à noite, Netanyahu anunciou que convocaria eleições legislativas antecipadas, mas sem especifiar a data. No entanto deu a entender que a votação aconteceria no início de setembro.

"Não quero que haja um ano e meio de instabilidade política acompanhada de chantagens e de populismo. É melhor uma campanha eleitoral curta de quatro meses para garantir a estabilidade política", declarou Netanyahu diante uma convenção de seu partido Likoud (direita) em Tel-Aviv. Normalmente, a legislatura deveria se encerrar somente em outubro de 2013.

"Precisamos de um Likoud grande e forte. Vamos formar um governo tão abrangente quanto possível para garantir o futuro de Israel", prometeu o primeiro-ministro, que é considerado um grande favorito para liderar o próximo governo. 48% dos israelenses apontam Netanyahu como o melhor candidato à própria sucessão, segundo uma recente pesquisa de opinião publicada pelo jornal Haaretz.

Greve de fome

A Corte suprema de Israel rejeitou nesta segunda-feira o apelo de dois prisioneiros palestinos que fazem greve de fome há 69 dias para protestar contra sua detenção administrativa.

O controverso dispositivo da detenção administrativa, herdado do protetorado britânico na Palestina, permite a prisão sem acusação nem julgamento durante períodos de seis meses renováveis por tempo indefinido.

Ao menos um terço dos 4.700 prisioneiros palestinos de Israel (dos quais 310 em detenção administrativa) fazem atualmente uma greve de fome, segundo a administração penitenciária israelense e fontes oficiais palestinas. Esse movimento coletivo foi lançado no dia 17 de abril, o Dia dos prisioneiros palestinos.

De acordo com a organização israelense de defesa dos direitos humanos B'Tselem, citando números da administração penitenciária, 31% dos prisioneiros em detenção administrativa passaram de seis meses a um ano atrás das grades e cerca de 34% deles de um a dois anos.

Em um comunicado, a B'Tselem considera que "a maneira como Israel usa a detenção administração é manifestamente ilegal" e pede que o exército israelense "libere todos os prisioneiros administrativos ou acuse-os".

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