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Rússia/protestos

250 são presos em passeata contra Putin em Moscou

Cerca de 8 mil pessoas foram às ruas neste domingo em Moscou para manifestar contra a eleição de Vladimir Putin, que toma posse nesta segunda-feira. Durante a passeata, houve confrontos entre os manifestantes e a polícia, que reprimiu o protesto com violência, segundo jornalistas presentes no local.

Manifestação em Moscou levou mais de 8 mil às ruas neste domingo
Manifestação em Moscou levou mais de 8 mil às ruas neste domingo REUTERS
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Segundo um comunicado divulgado pela polícia, mais de 250 pessoas foram presas. O governo teria mobilizado cerca de 14 mil homens na praça Bolotnaïa para acompanhar a manifestação. De acordo com imagens divulgadas pela TV russa, diversos dirigentes da oposição foram presos, entre eles, o líder da frente de esquerda, Sergueï Ousdaltsov. Ele foi detido no momento em que discursava para uma multidão de manifestantes durante o protesto.

O ex vice primeiro-ministro e o opositor Boris Nemtsov também foi levado pela polícia, segundo testemunhas, além do blogueiro Alexeï Navalny. O protesto reuniu, segundo a oposição, mais de 8 mil pessoas, e começou por volta das 11h no horário local. Um jornalista da agência de notícias francesa AFP viu alguns policiais baterem nos manifestantes com cassetetes para dispersar a passeata. Mas apesar da violenta repressão, alguns organizadores da manifestação declararam que pretendem acampar durante toda a noite na chamada praça Manège, próxima ao Kremlin. Ela foi fechada pela polícia neste domingo para os preparativos do desfile militar do dia 9 de maio, que celebra o fim da Segunda Guerra Mundial.

Eleito em março, Vladimir Putin, que esteve durante quatro anos no cargo de primeiro-ministro, e foi presidente por dois mandatos consecutivos, toma novamente posse no Kremlin nesta segunda-feira. Putin deve continuar no poder por doze anos. Uma mudança na Constituição russa aumentou o mandato presidencial de quatro para seis anos, e é provável que ele seja reeleito, apesar do movimento de contestação sem precedentes que toma conta do país. O presidente é acusado de fraudes nas legislativas de dezembro e nas presidenciais em março.
 

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