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EUA/ Coreia do Sul

Obama cobra mais firmeza da China sobre a Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo neste domingo à China para que use sua influência para deter o "mau comportamento" da Coreia do Norte no impasse sobre a questão nuclear com o Ocidente, e indicou que poderão ser impostas novas sanções ao regime norte-coreano, se o país mantiver sua decisão de lançar um foguete em abril.

Presidente americano visitou zona desmilitarizada entre as duas Coreias, onde elogiou a Coreia do Sul.
Presidente americano visitou zona desmilitarizada entre as duas Coreias, onde elogiou a Coreia do Sul. REUTERS/Larry Downing
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O pedido aconteceu após a chegada do americano em Seul (Coreia do Sul), onde amanhã e terça-feira acontece uma cúpula internacional sobre segurança nuclear. Obama afirmou que o lançamento – com o objetivo de colocar um satélite em órbita, conforme Pyongyang - iria isolar ainda mais a Coreia do Norte. O presidente argumentou que o país deveria mostrar a sinceridade de suas intenções se quiser retomar as negociações envolvendo seis partes para a troca de ajuda por desarmamento. A China é a anfitriã das conversas entre as duas Coreias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos dizem que o lançamento do foguete é um teste disfarçado de um míssil balístico, enquanto Pyongyang afirma que a operação faz parte das comemorações do aniversário de Kim Il-sung, o fundador do regime comunista. Obama disse que "as ações da China de recompensam os maus comportamentos e fazer vistas grossas às provocações deliberadas dos norte-coreanos" não levam a “nada”. E acrescentou que iria abordar a questão no encontro com o presidente chinês, Hu Jitao, na segunda-feira.

"Acho que a China é realmente sincera quanto a não querer ver a Coreia do Norte com uma arma nuclear", disse ele em entrevista coletiva à imprensa em Seul. “Mas terá de agir para isso de um modo sustentável."

Pela manhã, o presidente americano visitou uma zona desmilitarizada entre as duas Coreias, para manifestar solidariedade a Seul e demonstrar firmeza ao novo dirigente norte-coreano, King Jong-un. No local, ele declarou que o “contraste” entre os dois países “é evidente, em termos de liberdade e prosperidade”.

Os comentários de Obama foram sua mais forte pressão até agora para que o governo chinês use sua influência para se impor sobre a Coreia do Norte, sua aliada, e se somam a um recente apelo para que a China assuma suas responsabilidades como potência mundial em ascensão.
 

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