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Síria/Kofi Annan

Conselho de Segurança da ONU deve aumentar pressão sobre a Síria, diz Annan

O emissário da ONU para a Síria, Kofi Annan, considerou “decepcionantes” as resposta de Bachar al-Assad para as propostas de mediação do conflito no país, que já teria deixado mais de 9 mil mortos. Ele também fez um apelo para que o Conselho de Segurança da ONU aumentasse a pressão sobre o regime. A Organização também deve discutir o envio de observadores internacionais à região.

Declaração de Kofi Annan depois de um encontro com Bachar al-Assad, no dia 11 de março.
Declaração de Kofi Annan depois de um encontro com Bachar al-Assad, no dia 11 de março. Reuters / Khaled al-Hariri
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Durante uma videoconferência em Genebra, Kofi Annan declarou que continuaria a discutir com o governo sírio, apesar dos poucos avanços. Em uma carta do Ministério das Relações Exteriores endereçada à ONU, o regime afirma “que está determinado a proteger seus cidadãos, desarmar os terroristas e buscar uma solução política para a crise, cooperando com o emissário especial Kofi Annan.” O governo sírio chama de 'terroristas' os integrantes da oposição armada.

Segundo Annan, as propostas de paz, que prevêem o fim da violência, a mediação entre o governo e a oposição, além de outras medidas, “continuam sobre a mesa.” O emissário também afirmou que enviaria na próxima semana à Síria uma delegação para discutir com Bachar al Assad o envio de uma eventual missão internacional de observação ao país. Annnan e Assad se reuniram no último fim-de-semana em Damasco na tentativa de dar início à aplicação ao plano de paz, proposto pela Liga Árabe em acordo com os países ocidentais.

Diante do Conselho de Segurança, o emissário disse que, apesar das dificuldades, sabia que deveria se mostrar criativo e flexível para negociar com o regime sírio. Kofi Annan também fez um apelo solene aos 15 países membros do Conselho para que aumentasse a pressão sobre Bachar al-Assad. "Quanto mais forte for nossa mensagem, maiores serão nossas chances de mudar a dinâmica do conflito", declarou. Até agora, os membros do Conselho não conseguiram chegar a um acordo sobre uma resolução contra a Síria. A China e a Rússia, membros permanentes do Conselho, bloquearam as duas tentativas de aprovar um documento condenando a violência no país.

Turquia cria zona de segurança

A Turquia analisa a possibilidade de criar uma zona de segurança na Síria para proteger os civis que deixaram o país fugindo da repressão. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo premiê Recep Tayyip Erdogan, e visa, segundo ele, proteger a população que tem sido alvo de bombardeios pelas tropas de Bachar al-Assad. Segundo estimativas de organizações de direitos humanos, mais de 9 mil pessoas morreram vítimas da violência no país, que completou um ano nesta quinta-feira.
 

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