Cerimônias marcam aniversário de um ano do tsunami no Japão

O mundo relembra nesse domingo o terremoto seguido de tsunami que fez mais de 19 mil mortos e desaparecidos no Japão há exatamente um ano. O triste aniversário da catástrofe de Fukushima também é marcado por manifestações contra a falta de segurança nas usinas nucleares. O primeiro-ministro japonês disse que seu país nunca se esquecerá da solidariedade da comunidade internacional após o episódio.

Lanternas foram acesas nas cidadese japonesas para relembrar os milhares de mortos vítimas do tsunami de 2011. REUTERS/Yuriko Nakao

Esse domingo marca um ano de aniversário do terremoto de nove pontos na escala de Richter que atingiu o Japão e gerou uma onda gigante que destruiu tudo que encontrava pelo caminho. Mais de 19 mil pessoas morreram ou continuam desaparecidas após a catástrofe japonesa. O tsunami provocou um vazamento na central atômica de Fukushima, considerado como o acidente nuclear mais grave desde a explosão na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Várias manifestações são previstas para marcar a data. Até o imperador Akihito, que sofreu uma cirurgia cardíaca no mês passado, sairá de sua convalescença para participar da cerimônia de um ano do terremoto. Um minuto de silêncio às 14h46 no horário de Tóquio (2h46 no horário de Brasília), é um dos pontos altos do evento.

Nesse sábado, aqui na França, centenas de militantes anti-nuclear aproveitaram o triste aniversário para protestar em volta da central de Fessenheim, no leste do país, contra os riscos da energia atômica. Os manifestantes pedem o fechamento desta que é mais antiga usina nuclear francesa. As associações também vão organizar nesse domingo uma corrente humana gigante, com mais de 200 km de extensão, entre as cidades francesas de Lyon e Avignon.

“Nunca nos esqueceremos”

O terremoto de 13 de março comoveu o planeta. Nesse sábado, véspera do aniversário do tsunami, o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda disse em uma tribuna no jornal Washington Post que seu país “nunca se esquecerá” da solidariedade demonstrada pela comunidade internacional após a catástrofe. O chefe do governo também afirmou que o Japão está fazendo tudo para resolver os problemas provocados pelo terremoto, como o fechamento progressivo da usina Fukushima Daiichi, o fim da contaminação nuclear da região e a revitalização da economia japonesa, além da reconstrução da zona destruída pela onda gigante.