Israel pode ter eleições antecipadas para Parlamento e premiê
A política israelense vive dias de intensa movimentação, que apontam para a possível realização de eleições antecipadas para o Parlamento e primeiro-ministro. Hoje, milhares de filiados ao partido conservador Likud, do premiê Benjamin Netanyahu, vão às urnas nas primárias do partido.
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Daniela Kresch, correspondente RFI em Tel Aviv
Netanyahu deve manter a liderança, mas o fato de que convocou as primárias para este 31 de janeiro leva analistas a especular que ele planeja antecipar em um ano as eleições gerais, marcadas para outubro de 2013. Para especialistas, ele preferiria que o pleito acontecesse no final deste ano, para coincidir com as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Reeleito, ele poderia encarar, mais fortalecido, um eventual segundo mandato de Barack Obama, com o qual nem sempre se relaciona bem. Além disso, Netanyahu acredita que seria facilmente reeleito neste momento porque lidera um dos governos mais estáveis das últimas duas décadas, com aceitação popular razoável.
Partidos de oposição como o centrista Kadima e o Partido Trabalhista, de esquerda, também estão se movimentando, atentos à possível antecipação das eleições. Os trabalhistas escolheram há um mês uma nova líder: a parlamentar Sheli Yechimovitch, uma ex-apresentadora de TV.
O Kadima, da ex-chanceler Tzipi Livni, também convocou primárias para 27 de março. Novos rostos, no entanto, podem roubar a cena política. O jornalista superpopular Yair Lapid, que assina uma coluna semanal no maior jornal do país, já avisou que criará um partido novo.
E Noam Shalit, pai do soldado Guilad Shalit, que passou cinco anos como refém do grupo islâmico Hamas, também anunciou que vai se candidatar ao parlamento.
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