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Líbia

Milhares de líbios tentam deixar bastião de Muammar Kadafi

Milhares de habitantes da cidade de Sirte, terra natal do ditador Muammar Kadafi, tentavam, neste domingo, deixar o local, temendo o aumento dos combates entre forças do governo interino e rebeldes. A Cruz Vermelha internacional teme uma verdadeira catástrofe humanitária na região.

Ao leste de Sirte, um homem suspeito de ser um pró-Kadafi recebe cuidados médicos.
Ao leste de Sirte, um homem suspeito de ser um pró-Kadafi recebe cuidados médicos. © Reuters/Esam Al-Fetori
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A ONG afirmou, neste domingo, que os moradores de Sirte estão em uma situação "desesperadora" e que, nos hospitais, pacientes morrem devido à falta de oxigênio, água e combustível para os geradores.

"Vários morteiros atingiram o hospital enquanto estávamos dentro, "afirmou um representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Ele não soube indicar qual seria a origem dos ataques e se mostrou surpreso pois tanto os rebeldes quanto as forças do governo teriam sido informados da visita da organização.

Há alguns dias, alguns moradores já começaram a fugir à medida que as forças rebeldes, apoiadas por aviões da Otan, a aliança militar do Ocidente, intensificaram bombardeiros a Sirte, em um esforço para derrotar combatentes leais a Kadafi.

Na última sexta-feira, o líder do Conselho Nacional de Transição, Moustapha Abdejalil, lançou um ultimato aos habitantes para que deixassem a cidae em 48 horas.

Neste domingo, as forças do CNT continuavam os combates para tentar tomar a cidade, situada a 360 km ao leste da capital Tripoli.

Os combatentes afirmaram terem tomado o controle de um bairro ao sudoeste de Sirte, onde moram membros da família de Kadafi.

A situação de desordem continua a reinar na Líbia, um mês depois da tomada da capital Tripoli pelos militantes anti-Kadafi. Moradores da capital pedem que os combatentes armados que derrubaram o governo de Muammar Kadhafi deixem as ruas de Tripoli.

"Eles estão sempre armados e atiraram para todos os lados. E muito perigoso", lamenta Hamza Bonwara, uma moradora de Trípoli de 27 anos.

Em Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, reiterou, em um discurso à televisão estatal do país, seu apoio a Muammar Kadafi.
 

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