ONG pede anulação de prisões injustas de médicos no Barein
Organizações de defesa dos direitos humanos condenam a decisão do tribunal de exceção do Barein, que condenou nesta quinta-feira 20 médicos a penas de prisão por terem socorrido, no início do ano, manifestantes feridos em confrontos com policiais durante protestos pró-democracia.
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A reação da Anistia Internacional foi de indignação. O diretor da ONG Philip Luther disse que "essas são acusações ridículas contra profissionais civis que trabalham para salvar vidas em circunstâncias difíceis".
"Foi uma retaliação. O tribunal militar condenou médicos e enfermeiras porque eles denunciaram a repressão contra os manifestantes na mídia internacional", disse o diretor, pedindo a libertação dos profissionais de saúde.
Eles foram presos entre fevereiro e março, durante as revoltas populares de xiitas contra a monarquia sunita do Barein. Treze deles foram condenados a 15 anos de prisão e sete tiveram penas entre 5 e 10 anos.
A acusação alega que os médicos, portando armas, ocuparam a força um hospital, roubaram medicamentos, espalharam notícias falsas e incitaram o ódio contra o regime, o que foi chamado pelo tribunal de "atos terroristas".
EUA não repudiam prisões com veemência
Em vez de repudiar a sentença, o governo dos Estados Unidos, que tem uma relação estreita com a monarquia do Barein, se disse apenas "profundamente incomodado" com a condenação. Os norte-americanos possuem uma base naval no país que é estratégica para a presença deles nessa região do Golfo Pérsico.
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