Tufão Roke se aproxima de Tóquio

O tufão Roke atravessa o centro do Japão em direção à capital do país. Segundo um balanço preliminar, quatro pessoas morreram vítimas dos ventos de mais de 150 km/hora e das fortes chuvas desencadeadas pelo tufão. Três outras estão desaparecidas. O tufão deve chegar na noite desta quarta-feira à central nuclear de Fukushima.

Moradores de Toyota, na região central do Japão, caminham por ruas inundadas pelo furacão Roke REUTERS/Toru Hanai

O tufão ameaça algumas das zonas mais povoadas do país. Na prefeitura de Aichi, o principal centro industrial do Japão, mais de 1 milhão de habitantes foram aconselhados a deixar suas casas e se refugiar nos abrigos públicos. 

O comércio e a indústria estão praticamente paralisados. A montadora Toyota, que tem sede na região de Nagoya, decidiu fechar 11 das 15 fábricas que possui na região. Várias autoestradas estão fechadas e cerca de 400 voos foram anulados.

Em Tóquio os fortes ventos que precedem o tufão já provocam falta de energia elétrica em alguns bairros e algumas das principais linhas de trem e de metrô foram paralisadas no final da tarde, no momento em que milhões de trabalhadores se preparavam para voltar para suas casas. A chegada iminente do tufão também obrigou as empresas a liberarem seus empregados mais cedo.

Fukushima

Também há previsão de chuva forte na região da central nuclear de Fukushima, ainda em processo de descontaminação.

A companhia de eletricidade Tepco, administradora da central, fixou os equipamentos que possam eventualmente cair diante dos ventos fortes e suspendeu uma parte das obras em curso como medida de  prevenção diante da chegada do Roke, que deve atingir a região onde se encontra a usina de Fukushima na noite desta quarta-feira.

Um porta-voz da empresa declarou que medidas também estão sendo tomadas para evitar acúmulo de água. Há várias semanas a Tepco tenta cobrir o reator número 1 com um revestimento especial. Trabalhadores ficarão de prontidão para identificar eventuais problemas com a passagem do Roke.

No meio da tarde, uma chuva fina já atingia a central de Fukushima, que foi fortemente atingida durante o terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março, mas ainda não havia sinais de chegada de uma  tempestade.