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Líbia/ CNT

China reconhece oficialmente autoridade de insurgentes líbios

A China reconheceu formalmente hoje o Conselho Nacinal de Transição líbio como a nova autoridade política do país. Os chineses foram os últimos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU a aceitar os líderes rebeldes como os novos governantes da Líbia. O Brasil ainda não reconhece a autoridade dos insurgentes.

Rebeldes preparam-se para invadir Sirte, onde Kadafi pode estar escondido.
Rebeldes preparam-se para invadir Sirte, onde Kadafi pode estar escondido. Reuters
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Na semana passada, a China havia pedido ao CNT “garantias reais dos interesses das empresas chinesas na Líbia”. Hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Mao Zhaoxu, declarou que “a China respeita a escolha do povo líbio e dá uma grande importância ao status e ao papel do CNT, com quem constantemente esteve em estreito contato”.

O porta-voz acrescentou que seu país vai trabalhar ao lado dos insurgentes para garantir uma transição tranquila de governo na Líbia, e disse esperar que todos os acordos comerciais assinados no passado entre os dois países sejam respeitados.

Em fevereiro e março, no início da revolução líbia, 36 mil chineses foram retirados do país. A maioria trabalhava nos setores de energia, construção, transportes e telecomunicações. Há cerca de 50 grandes projetos chineses na Líbia, totalizando uma soma de 19 bilhões de dólares. Por conta disso, os chineses por muito tempo foram aliados do regime do ditador Muammar Kadafi.

O país, como os demais emergentes, se opôs à intervenção militar da Otan para ajudar os rebeldes a derrubarem Kadafi do poder. Os insurgentes investigam inclusive uma denúncia de que os chineses tentaram vender armas ao regime depois do início da guerra civil líbia, quando a ONU já havia decretado o embargo de armas para a Líbia. Pequim desmentiu a informação, revelada por um jornal canadense.

Kadafi pede apoio para expulsar "colonizadores"

Hoje, o ex-ditador, que permanece foragido, voltou a se manifestar, por mensagem enviada à emissora síria de televisão Arrai. O canal leu no ar as palavras escritas por Kadafi. Ele disse que "não tem alternativa a não ser combater até a vitória", e exortou os líbios a não aceitarem a presença de "colonizadores".
O ex-líder classificou a revolta líbia como “um golpe de Estado”. “Não podemos dar o nosso petróleo ao povo francês”, dizia a mensagem. A emissora garantiu que Kadafi ainda se encontra na Síria.

 

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