Japão faz primeiro exercício de simulação desde o tsunami
Dois dias após sua eleição, o novo primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, participou do treinamento, realizado todos os anos no dia do aniversário do grande terremoto do Kanto, que fez mais de cem mil vítimas em 1923.
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O treinamento desta quinta-feira foi o primeiro exercício nacional de simulação de um tremor de terra de grandes proporções depois do terremoto seguido de tsunami que provocou uma tragédia nuclear no nordeste do país em março.
A preocupação das autoridades japonesas é repensar as medidas de prevenção e sobretudo conscientizar a população para os riscos relacionados aos tsunamis.
Como parte do exercício, o ex-primeiro-ministro, Naoto Kan, convocou uma reunião de urgência fictícia, baseada na hipótese de que um tremor de magnitude 7,3 teria atingido Tóquio. A polícia simulou um controle excepcional do tráfego em 100 pontos da capital e passageiros de trens e metrôs foram encaminhados a abrigos, simulando uma suspensão de todos os serviços ferroviários.
A companhia Chubu Electric Power, que opera uma central nuclear atualmente parada na região centro-sul do Japão, realizou um teste de comunicação simulando a perda total de alimentação elétrica das instalações, em caso de tsunami. Foi o que ocorre em 11 de março: a onda gigante que atingiu o litoral nordeste do Japão interrompeu os circuitos elétricos e paralisou os sistemas de resfriamento de emergência da central Fukushima Daiichi. O superaquecimento do combustível nos reatores causou explosões de hidrogênio e vazamento de resíduos radioativos.
Ainda traumatizados, os habitantes das três prefeituras mais afetadas pela catástrofe, Miyagi, Iwate e Fukushima, cancelaram sua participação nos exercícios nacionais.
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