População celebra queda de Kadafi nas mesquistas em Trípoli

 Trípoli viveu um dia relativamente calmo nesta sexta-feira, mas alguns bombardeios ainda continuam atingindo a capital. Pela primeira vez desde a queda de Kadafi, a população se dirigiu às mesquitas para a tradicional oração de sexta-feira, para celebrar a libertação da cidade, controlada por Kadafi  durante 42 anos .

Os combates continua em Trípoli, e a população aproveita para deixar a cidade. Reuters/Youssef Boudlal

O líder líbio, que se dirigiu à população em uma mensagem áudio nesta quinta-feira, continua desaparecido. O coronel Hicham Buhagiar, das forças rebeldes, declarou que uma equipe estava procurando o ex-ditador em diversos bairros da cidade. A oposição acreditava que o líder estivesse escondido em um prédio ao lado do complexo Al Aziziya, mas por enquanto não há pistas de Kadafi. Em Washington, o porta-voz do departamento de estado, Victoria Nuland, declarou que os Estados Unidos e a OTAN não estão envolvidos na captura do líder líbio. O CNT (Conselho Nacional de Transição) anunciou que irá transferir em breve a sede de Bengazi para Trípoli.

O líder da rebelião, o ex-ministro da Justiça Moustafa Abdeldjeil, pode voltar para capital na próxima semana. Para assegurar a reconstrução do país, o CNT vai retomar as exportações de petróleo. Dentro de três meses, a expectativa é de comercializar de 500 a 600 mil barris diários. Os rebeldes afirmam que vão cumprir os contratos assinados com as empresas petrolíferas. Eles já contam com cerca de 1,5 bilhão de dólares que foram desbloqueados pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira.

Apesar da maior parte dos países terem reconhecido a oposição como representante legítimo do povo líbio, mas a União Africana já declarou que não reconhecerá o Conselho Nacional de Transição enquanto houver combates. Em Trípoli, o aeroporto foi atacado por forças pro-Kadafi, segundo a rede de TV Al Arabya. Em Sirta, apesar do ataque aéreo da OTAN nesta quinta-feira, o exército do regime continua a ser uma base de operações de Kadafi.