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Líbia/Conflito

Rússia e OTAN divergem sobre fim dos bombardeios na Líbia

A Rússia continua protestando contra a interpretação dada pela OTAN à resolução 1973 da ONU, que autorizou uma intervenção aérea para proteger a população líbia das arbitrariedades do regime de Muammar Kadafi. O conflito na Líbia dominou uma reunião do Conselho da OTAN com o governo russo ocorrido, hoje, na cidade balneária de Sotchi.

O presidente sul-africano, Jacob Zuma (à esquerda) e o presidente russo, Dimitri Medvedev, no Conselho da OTAN, em Sotchi, na Rússia.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma (à esquerda) e o presidente russo, Dimitri Medvedev, no Conselho da OTAN, em Sotchi, na Rússia. Reuters
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O presidente russo, Dmitri Medvedev, convidou o líder sul-africano Jacob Zuma, representante da União Africana e mediador da crise na Líbia, a participar das discussões em Sotchi, onde o Conselho da OTAN e a Rússia não conseguiram chegar a um acordo para por fim ao conflito. A Rússia e os países africanos defendem uma solução pacífica e queriam convencer a aliança militar ocidental a suspender os bombardeios na Líbia. 

Segundo o chanceler russo, Serguei Lavrov, a OTAN violou a resolução 1973 da ONU ao fornecer armas aos rebeldes. "Não existe ambiguidade alguma em relação ao embargo de armas", reclamou o chanceler russo, acrescentando que os ocidentais se servem da resolução da ONU para fazer o que bem entendem.

Na semana passada, a França confirmou ter lançado armas de paraquedas para os rebeldes. Com isso, os insurgentes consegiram se aproximar de Trípoli e preparam a ofensiva final contra o regime de Kadafi. O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, alegou que a entrega de armas foi necessária para proteger os civis líbios. 

A União Africana, que negocia com o regime e os rebeldes, afirma ter obtido no domingo um acordo em que Kadafi admite se afastar das negociações. O ditador também teria aceitado o envio de forças de paz à Líbia. No entanto, os rebeldes rejeitaram a proposta porque ela não menciona explicitamente a saída de Kadafi do poder. O presidente do Conselho Nacional de Transição deixou claro que não existe a menor chance do ditador continuar morando na Líbia. 

Desde a semana passada, Kadafi é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional de Haia. Ele é acusado de crimes de guerra e contra a humanidade.

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