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Estados Unidos/Líbia

Oposição líbia aceita abrir representação em Washington

O sub-secretário de Estado americano para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman afirmou nesta terça-feira, em Benghazi, ter encaminhado oficialmente um convite para a oposição líbia abrir uma representação diplomática em Washington. O Conselho Nacional de Transição aceitou a proposta, segundo o diplomata americano.

O sub-secretário de Estado norte-americano para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman, durante coletiva nesta terça-feira(24), em Benghazi.
O sub-secretário de Estado norte-americano para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman, durante coletiva nesta terça-feira(24), em Benghazi. Reuters
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“Encaminhei em nome do presidente (Barack) Obama um convite oficial ao Conselho Nacional de Transição (CNT) para abrir uma representação em Washington”, afirmou Feltman durante entrevista coletiva em Benghazi, reduto da oposição líbia. "Estamos satisfeitos que eles tenham aceitado", acrescentou.

O sub-secretário americano desembarcou na Líbia na noite de domingo e no dia seguinte se encontrou com vários representantes da rebelião, entre eles o líder Moustapha Abdeljalil, de acordo com informações divulgadas por Nathaniel Tek, porta-voz da representação americana em Benghazi.

“A visita do sub-secretário é mais um sinal do apoio dos Estados Unidos ao CNT, um interlocutor legítimo e crível para o pobo líbio”, afirmou o Departamento de Estado americano em um comunicado por ocasião da visita de Jeffrey Feltman.

É a primeira visita de um responsável do primeiro escalão do governo americano a Benghazi.

Ataques

Novos bombardeios das forças da OTAN, em Trípoli, deixaram pelo menos três mortos e 150 feridos na madrugada desta terça-feira. Segundo a imprensa estrangeira, o alvo foi uma caserna da guarda de Muammar Kadafi e os ataques foram os mais violentos desde o início da intervenção.

Já um responsável da OTAN afirmou que o bombardeio foi contra um estacionamento nas proximidades do complexo residencial do ditador em Bab Al-Aziziya e não teria sido o primeiro nem o mais violento no local, lembrando que no dia 13 de maio a Aliança Atlântica atacou 20 depósitos de veículos blindados nos arredores da capital líbia.

A intensificação dos ataques faz parte da tática de enfraquecer as forças leais ao ditador e acelerar sua queda. A estratégia também conta com o reforço prometido pelos governos da França e Grã-Bretanha de enviar mais helicópteros de combate.

“O regime se tornou apático nos últimos 15 dias, perdeu a iniciativa militar e parece estar na defensiva, sinal de que estamos no caminho certo”, declarou uma fonte da OTAN à agência de notícias AFP. “Achamos que devemos intensificar, aumentar o ritmo de nossas operações para que o fruto caia sozinho”, acrescentou o responsável militar da OTAN afirmando que o objetivo é fazer o regime de Kadafi cair entre o final de junho e o início de julho.
 

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