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Líbia/guerra

Estados Unidos buscam país de asilo para Kadafi

O governo dos Estados Unidos estaria buscando um país para conceder asilo a Kadafi, já que a intervenção militar da coalizão não está sendo suficiente para colocar um fim no conflito. Os combates continuam intensos na região de Mishata. De acordo com as organizações de direitos humanos, mil pessoas já morreram na cidade, a terceira maior da Líbia  

Imagens mostram passeio de Kadafi pelas ruas de Tripoli depois de ataque da OTAN, 14 de abril de 2011
Imagens mostram passeio de Kadafi pelas ruas de Tripoli depois de ataque da OTAN, 14 de abril de 2011 Reuters
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De acordo com uma reportagem publicada no The New York Times, o país em questão não pode ter assinado o Tratado de Roma, que obriga os membros a entregarem líderes julgados pela Corte Penal Internacional. É o caso de Kadafi, que deverá ser indiciado por "violação sistemática de direitos humanos e "crime contra a humanidade."  Segundo o jornal americano, o destino do líder líbio deverá ser um país africano que não é signatário do tratado.

O texto cita uma fonte do governo americano, que declara que o país está procurando uma saída pacífica para o conflito. Os Estados Unidos querem evitar uma situação como a que ocorreu no Iraque, depois da guerra, e por isso, os representantes do país vem repetindo que é importante que a transição de poder seja feita pelo povo líbio, sem intervenção estrangeira.

Os combates seguem intensos na Líbia, um mês após o início dos bombardeios. As forças de Kadafi infligem um massacre à população de Misrata. Segundo fontes hospitalares locais, mil pessoas já morreram na cidade, a terceira maior da Líbia, e 3 mil foram feridas. Durante o fim de semana, as forças pró-regime se aproximaram mais uma vez de Ajdabiya, obrigando os insurgentes a recuar para o leste. O ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, declarou neste domingo que a guerra na Líbia pode durar. O premiê britânico, David Cameron, por outro lado, afirmou que está fora de cogitação enviar soldados para uma missão terrestre na Líbia.

Jornalistas estrangeiros que fazem a cobertura do conflito relatam que as forças de Kadafi dominam a região oeste do país, com um estoque de blindados e baterias de artilharia intactos, o que demonstra a limitação dos bombardeios da OTAN.
 

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