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Líbia

Insurgentes líbios teriam sido mortos por engano por aviões da Otan

Segundo fontes médicas da cidade petrolífera de Brega, ao leste da Líbia, dois opositores líbios do regime ditatorial de Muammar Kadafi foram mortos durante um ataque aéreo da Otan, nesta quinta-feira, e pelo menos outros dez ficaram feridos. Segundo os rebeldes, já seria a segunda vez que as forças da coalizão internacional cometem o erro de atirar em quem deveriam proteger.

Rebeldes se dirigem à cidade de Ajdabiya
Rebeldes se dirigem à cidade de Ajdabiya REUTERS/Finbarr O'Reilly
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A cidade de Brega é palco de conflitos intensos entre as forças do ditador Muammar Kadafi e seus opositores. Sete semanas depois do início das revoltas, Paris e Washington voltaram a exigir a saída de líbios pró-Kadafi do local. Aviões da coalizão internacional sobrevoam a região para defender os insurgentes, mas, de acordo com fontes médicas, dois rebeldes líbios teriam sido mortos erroneamente.

“Em vez de atacar Kadafi, eles nos atacam. O que está havendo com nossos amigos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha?”, pergunta um voluntário do hospital de Ajdabiya.

De acordo com os rebeldes, outro incidente parecido aconteceu na região entre Brega e Ajdabiya há menos de uma semana, quando bombardeios feitos por aviões da Otan teriam matado por engano nove insurgentes líbios e quatro civis que se deslocavam em veículos. Os rebeldes dizem que provavelmente as vítimas atiraram com metralhadoras para o alto em sinal de alegria e que os pilotos teriam interpretado os tiros como um ataque aos aviões.

Até agora, a Otan não reconheceu oficialmente os incidentes, mas um responsável do organismo já havia dito que os pilotos têm o direito de se defender se forem alvos e se sentirem ameaçados.

Apesar dos incidentes, os opositores a Kadafi são a favor da continuidade das intervenções da coalizão internacional pelo ar e continuam recusando ações por terra, afirmou um porta-voz em Benghazi. Ele acrescentou que o objetivo é tirar a capital Trípoli das mãos de Kadafi.

"Operação pode durar dias ou semanas, não meses", diz ministro francês

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse nesta quinta-feira que as operações militares da coalizão internacional na Líbia não devem se estender por meses.

“Para destruir os armamentos e diminuir a capacidade militar de Kadafi, é preciso contar dias ou semanas. Certamente não deverá durar meses”, afirmou o ministro francês.

Situação é crítica para moradores de Misrata

A comunidade internacional se mobiliza para socorrer os 300 mil moradores de Misrata, terceira maior cidade da Líbia. A ONU pediu nesta quarta-feira uma pausa nos confrontos entre os rebeldes e as forças pró-Kadafi para que a ajuda humanitária chegue à cidade e para que os moradores possam fugir dos confrontos.

A situação é crítica diante da falta de água, comida e assistências médica de emergência, segundo a ONU. A Otan prometeu proteger a população civil de Misrata.

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