"Dia da revolta" na Líbia quer mobilizar população contra ditador

Cresce a onda de protestos no mundo árabe. Nesta quarta-feira, foi a vez da Líbia viver uma mobilização popular contra o regime autoritário do coronel Muamar Kadafi. Um novo protesto está previsto para quinta-feira e vem sendo chamado de “dia da revolta”.

Muammar Kadafi há 42 anos a frente do governo líbio ©Reuters

Na madrugada, a polícia líbia dispersou à força manifestantes reunidos em Benghazi, a segunda cidade mais importante do país, e conhecida por sua oposição ao regime de Kadafi. Pelo menos 38 pessoas ficaram feridas. Outros protestos contra o governo foram registrados em diversas cidades, como na capital Tripoli. A União Europeia pede que o país, que vive sob o comando do ditador há 42 anos, garanta a "libertade de expressão".

A expansão das manifestações no Oriente Médio, provocou a abertura em alta na bolsa de Nova Iorque da cotação do petróleo. O país rico no produto teve uma produção estimada em 1,8 milhões de barris por dia, em 2009, de acordo com dados da Agência Americana de Energia.

Nos últimos dois dias, o movimento de contestação popular tem também tomado conta do Bahrein, do Iêmen e do Irã, onde a situação esta cada vez mais tensa.

Em Teerã, depois de protestos importantes na segunda-feira, que resultaram na morte de duas pessoas, novos confrontos foram registrados no enterro de uma das vitimas. Durante a cerimônia, militantes pro e contra o presidente Mahmoud Armadinejad se enfrentaram.