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Fórum Social Mundial

Líder socialista diz que Lula queria ver mulher na presidência da França

O ex-presidente brasileiro está em Dacar, no Senegal, onde participa dos debates do 11° Fórum Social Mundial. Ao encontrar-se com Martine Aubry, a secretária-geral do Partido Socialista francês, Lula teria dito que seria bom ter uma mulher na presidência da França.

A secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Aubry e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum social mundial em Dacar, 7 de fevereiro de 2011.
A secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Aubry e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum social mundial em Dacar, 7 de fevereiro de 2011. AFP/Seyllou
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta segunda-feira com honras de chefe de Estado pelo presidente senegalês, Abdoulaye Wade. Lula está em Dacar para participar do Fórum Social Mundial, que começou no domingo, na capital senegalesa.

Nesta segunda-feira, o ex-presidente também se reuniu com a secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Aubry. Segundo ela, durante o encontro Lula defendeu que a França, como o Brasil, tenha uma mulher na presidência. Martine Aubry é uma das possíveis candidatas do Partido Socialista à sucessão de Nicolas Sarkozy nas eleições de 2012. Ségolène Royal, derrotada por Sarkozy na disputa em 2007, também quer concorrer nas primárias do partido. Aubry disse ainda ter conversado com Lula sobre o G20, América do Sul e África.

Diante dos jornalistas que acompanharam o encontro, Lula criticou a atitude dos líderes mundiais nas reuniões do G20. "Durante o G20, a gente diria que não existe nenhum problema e que nunca se fala em desemprego", ironizou o ex-presidente brasileiro. Aubry concordou com Lula declarando que o G20 está fora da realidade. A socialista afirmou que a "África começou a se desenvolver, o que a Europa tem dificuldades para aceitar e países como a China e a Índia já entenderam", disse ela. Aubry confidenciou que Lula tem certeza que atualmente nenhum líder mundial, principalmente entre os europeus, tem um projeto alternativo para o desenvolvimento.

Este é o primeiro evento internacional do ex-presidente Lula depois de deixar o governo. Ele chegou neste domingo à capital do Senegal, em um voo comercial, acompanhado do ex-secretário-geral da presidência Luiz Dulce. Lula desfruta de grande prestígio na África por ter patrocinado em seus oito anos de governo a aproximação do Brasil com vários países do continente.

O Fórum Social Mundial é conhecido como o templo dos militantes antiglobalização. Até o dia 11, milhares de participantes de todos os horizontes vão trocar experiências e discutir propostas alternativas à crise do capitalismo, segundo a visão dos organizadores. As mesas-redondas acontecem em vários locais de Dacar, em particular na ilha de Gorée, de onde partiram milhares de escravos para o Brasil.

O atual secretário-geral da presidência brasileira, Gilberto Carvalho, representa o governo Dilma no fórum. Ontem, em seu discurso, Carvalho voltou a pedir desculpas à África pela escravidão no Brasil até o século XIX, um mea culpa que Lula já havia feito no ano passado em uma de suas inúmeras visitas ao continente.

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