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Líbano/crise

Libaneses protestam contra nomeação de premiê apoiado pelo Hezbollah

O milionário empresário do setor de telecomunicações Najib Mikati, apoiado pelo Hezbollah, foi indicado nesta terça-feira, para ocupar o cargo de primeiro-ministro. A nomeação foi feita pelo presidente Michel Suleiman, informou um comunicado oficial. 

Protestos contra nomeação de premiê apoiado pelo Hezbollah em Tripoli
Protestos contra nomeação de premiê apoiado pelo Hezbollah em Tripoli Reuters
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O Líbano tem mais um dia de tensão nas ruas. Os protestos convocados nas principais cidades do país por partidários do ex-premiê Saad Hariri contra a nomeação de um primeiro-ministro do Hezbollah são marcados pela violência. Em Trípoli, no norte do país, manifestantes incendiaram um carro do canal de televisão árabe Al-Jazira e saquearam o escritório de um deputado. Em um pronunciamento na televisão, Saad Hariri agradeceu o apoio popular, mas condenou os distúrbios.

Por meio de um decreto, o presidente do Líbano, Michel Suleimane, nomeou hoje Najib Mikati, indicado pelo movimento xiita radical Hezbollah, para o cargo de primeiro-ministro. Mikati declarou que sua nomeação não representa a vitória de um campo sobre outro e sim uma reconciliação, apesar das divergências. O novo premiê convidou todos os partidos a participar de seu governo, mas os partidários de Saad Hariri, líder da comunidade sunita libanesa, já anunciaram que vão boicotar o governo do Hezbollah. Muitos libaneses temem a tutela do regime iraniano, patrocinador do Hezbollah, nos assuntos internos do país.

A crise política no Líbano se acirrou desde que o tribunal especial da ONU sobre o assassinato do ex-premie Rafic Hariri, pai de Saad, apontou a responsabilidade do Hezbollah no atentado. O governo francês manifestou sua preocupação com a situação no Líbano, temendo um agravamento da violência.

 

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