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Gripe suína

Vírus da gripe A não está extinto

De acordo com a OMS, o mundo entra agora num período pós-pandêmico. O número de contaminações é menor e a aparição do vírus é mais sazonal. As próximas vacinas contra a gripe já deverão conter os anticorpos contra o H1N1.

Imagem de microscópio do vírus da gripe A H1N1.
Imagem de microscópio do vírus da gripe A H1N1. AFP / Goldsmith et Balish /
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A Organização Mundial da Saúde, a OMS, anunciou, nesta terça-feira, o fim da epidemia de gripe A, que causou a morte de 18.500 pessoas em todo o mundo. Mas o fim da primeira pandemia do século 21 não significa que o vírus H1N1 esteja  extinto, apenas que o número de contaminações é menor e sua aparição é mais sazonal. Em entrevista coletiva à imprensa em Genebra, a diretora geral da OMS, Margareth Chan, afirmou que o mundo entra a partir de agora, num período "pós-pandêmico". As próximas vacinas contra a gripe já devem conter os anticorpos contra o H1N1.

A decisão da OMS segue parecer do comitê técnico do órgão, que se reuniu para avaliar a progressão da epidemia, declarada em abril de 2009, depois do surgimento dos primeiros casos no México. Segundo os especialistas, os casos da doença, que já regrediam nos países do hemisfério norte, também diminuíram no hemisfério sul.

A OMS estima que a gripe A tenha causado um número muito inferior des mortes em relação às vítimas da gripe comum, que mata entre 250 e 500 mil pessoas por ano. Durante a coletiva desta terça, Margareth Chan voltou a rebater as críticas de que a OMS teria superestimado a progressão e a gravidade da doença para beneficiar a indústria farmacêutica, que, com a epidemia declarada, iniciou uma corrida desenfreada pela produção de medicamentos e vacinas.

A diretora-geral da Organização argumentou que o vírius H1N1 tinha a particularidade de atingir pessoas jovens e com boa saúde. Ela também afirmou que os dados coletados sobre o número de casos não correspondem exatamente à realidade e disse que será necessário esperar ainda muitos anos para se ter uma ideia clara da extensão da doença.

Muitos governos, movidos pelo pânico e temor de serem criticados por terem subestimado a doença, adquiriram milhares de doses de vacinas, que acabaram não sendo utilizadas. É o caso da França, que comprou 94 milhões de doses, utilizou pouco mais de 5 milhões até janeiro deste ano.

 

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